
Na noite da última quinta-feira (23/11), a Polícia Civil prendeu três funcionários do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, suspeitos de participação em um sofisticado esquema de tráfico internacional de drogas. O grupo, que atuava na área restrita do aeroporto, trocava etiquetas de bagagens, inserindo malas contendo cocaína em voos para o exterior.
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) conseguiu desmantelar a operação após receber informações sobre uma remessa de drogas que chegaria ao aeroporto. No total, foram apreendidos 40 quilos da substância ilícita.
O esquema ganhou notoriedade em março, quando duas passageiras de Goiânia tiveram suas bagagens trocadas por malas contendo cocaína, resultando em suas prisões por tráfico internacional de drogas em Frankfurt, na Alemanha. Na época, oito pessoas foram detidas, revelando uma conexão com o Primeiro Comando da Capital (PCC), que pagava uma média de R$ 30 mil por cada bagagem recheada com cocaína despachada para a Europa.
O caso tomou um rumo ainda mais complexo em outubro, quando o empresário líbio Ahmed Hasan, de 37 anos, foi injustamente preso após ter sua etiqueta colocada em bagagens contendo 43 quilos de cocaína, enviadas para a Turquia. O empresário, que possui cidadania brasileira, e sua esposa, Malak, foram vítimas de uma armadilha que expôs as falhas no controle de bagagens do aeroporto.
As autoridades continuam investigando o caso, enquanto a sociedade aguarda respostas sobre a extensão desse esquema criminoso que compromete a segurança nos aeroportos brasileiros.