
Um dos investigados na Operação Trapiche da Polícia Federal admitiu ter se reunido com um membro do grupo terrorista libanês Hezbollah em Beirute, visando recrutar brasileiros para realizar ataques e sequestros, especialmente contra prédios da comunidade judaica no Brasil.
O suspeito, alvo de busca e apreensão, pode ter sua prisão solicitada. Dois brasileiros foram presos na operação, um deles detido no Aeroporto Internacional de Guarulhos após retornar de uma viagem ao Líbano, alegando negociações de minérios e insumos agrícolas, versão contestada pelos investigadores.
Um sírio naturalizado brasileiro, também sob investigação, não pode ser detido no momento, pois está em Beirute. No Brasil, ele possui residência em Belo Horizonte e negócios em Minas Gerais e no Distrito Federal.
As buscas revelaram evidências de seu envolvimento em treinamentos com guerrilheiros do Hezbollah contra o Estado Islâmico. Os recrutadores e recrutados enfrentam acusações relacionadas ao terrorismo, com penas máximas de 15 anos e 6 meses de reclusão.
Hezbollah
O Hezbollah, surgido na década de 1980 durante a guerra civil no Líbano, é uma organização terrorista que busca resistir contra Israel e promover a influência xiita no Oriente Médio, com práticas de doutrinação em outros países.