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Uso de body cams já é uma realidade no território brasileiro

As câmeras corporais estão deixando de ser meros dispositivos de gravação e se tornando ferramentas multifuncionais tecnológicas

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Dino
21/02/2025 às 09h02

O uso de body cams pelas forças policiais brasileiras é uma realidade em expansão. Com investimentos recentes de estados e do governo federal, essas tecnologias podem transformar a segurança. Em 2024, a publicação da Portaria nº 648 pelo Ministério da Justiça estabeleceu diretrizes nacionais para o uso dos equipamentos, com foco em padronizar sua aplicação e promover transparência e eficiência nas operações da polícia.

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As câmeras são acopladas aos uniformes dos policiais e registram operações, abordagens ou atividades de rotina. Já é uma política pública utilizada em diversos países do mundo com a justificativa de reduzir o uso indevido de força, aumentar mecanismos de controle e melhorar a produtividade.

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Evolução tecnológica das body cams 

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Reconhecimento facial: a funcionalidade permite identificar pessoas em tempo real, cruzando imagens capturadas com bases de dados. Pode auxiliar na localização de suspeitos ou pessoas desaparecidas;

Leitura de placas: a leitura automática de placas veiculares facilita a identificação de carros roubados ou envolvidos em atividades ilícitas;  

Comunicação push-to-talk (PTT): a função transforma as body cams em ferramentas de comunicação, possibilitando que agentes troquem informações em tempo real por meio de redes celulares.   

Além dessas inovações, a integração com Inteligência Artificial (IA) está mudando o uso das body cams, automatizando a geração de relatórios, a análise de comportamento e outras tarefas que antes demandavam tempo e recursos de pessoal.

Panorama do uso no Brasil

Atualmente, sete estados brasileiros utilizam body cams em algum grau, com São Paulo liderando a implementação, cobrindo 52% do efetivo da Polícia Militar. Outros estados estão em fase de teste ou licitação, enquanto apenas o Maranhão não apresentou planos concretos para adoção. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que, em 2022, estados que utilizavam câmeras corporais apresentaram taxas de letalidade policial abaixo da média nacional, evidenciando o impacto positivo da tecnologia.

As diretrizes nacionais, estabelecidas pela Portaria nº 648/2024, recomendam o uso contínuo das câmeras durante o turno de serviço e a gravação obrigatória de 16 situações específicas. Além disso, o acesso às imagens é garantido tanto a cidadãos que se sintam lesados quanto a agentes que queiram comprovar a legalidade de suas ações, promovendo transparência e justiça.

Benefícios e desafios 

A adoção das body cams trouxe resultados expressivos, como a redução em 61% do uso da força e reclamações de conduta policial, segundo o Ministério da Justiça. "Além disso, a presença das câmeras desencoraja comportamentos inadequados, melhora a qualidade das provas e contribui para o treinamento contínuo dos policiais. Apesar dos benefícios, os desafios permanecem. Questões de privacidade, custos elevados e a gestão dos dados coletados ainda precisam ser enfrentados. O governo federal tem incentivado a adesão por meio de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, condicionados ao cumprimento das diretrizes estabelecidas", explica Hilton Carvalho, gerente da Hikvision.

"As body cams representam um marco na modernização da segurança no Brasil, promovendo maior transparência e eficiência. Com a integração de tecnologia e IA, os equipamentos têm o potencial de transformar a maneira como as operações policiais são conduzidas", pontua. "Contudo, é imprescindível que a expansão das ferramentas seja acompanhada de regulamentações claras, treinamento adequado e respeito aos direitos individuais, garantindo sua aplicação ética e efetiva. O futuro das body cams no Brasil depende do equilíbrio cuidadoso entre inovação tecnológica e responsabilidade, e com isso confiamos estar no caminho certo", conclui Hilton.

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