O El Hero, jogo brasileiro do gênero battle royale desenvolvido pela empresa Moonite, tem enfrentado um dos maiores desafios desde seu lançamento recente: uma crescente onda de hackers invadindo as partidas, mesmo antes da estreia dos modos ranqueados e do tão aguardado sistema de cashgame.

Desde os primeiros testes e transmissões ao vivo, o game gerou grande expectativa. Parte dessa empolgação veio de uma promessa feita publicamente por El Gato, criador do projeto, que em transmissões anteriores mencionou que o jogo teria um sistema de anticheat avaliado em valores comparados ao de uma mansão. A intenção era garantir partidas justas e seguras, principalmente com a previsão futura de prêmios em dinheiro real para os jogadores.

No entanto, o que se observa atualmente nas redes sociais e nas transmissões de influenciadores é uma realidade preocupante. Jogadores relatam a presença de trapaças como personagens voando, correndo em velocidades anormais, acertos de tiros na cabeça em 100% das vezes (headshots automáticos), além de hacks que permitem enxergar inimigos através de paredes (wallhack) e eliminar adversários de forma remota. Em uma das lives de um dos influenciadores oficiais, conhecidos como "Legends", um comentário chamou a atenção:

"É praticamente impossível não cair com hack."

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O problema ganha ainda mais relevância devido ao formato planejado para o futuro do jogo: o cashgame. Nele, os jogadores poderão ganhar dinheiro real com vitórias, em uma dinâmica semelhante aos antigos “apostados” que marcaram época em outros games. A preocupação da comunidade é que, com o cenário atual, jogadores mal-intencionados possam obter vantagem financeira indevida caso as fraudes continuem.

A desenvolvedora Moonite, por sua vez, afirma que o sistema de anticheat está em desenvolvimento contínuo. Em comunicado público e resposta a críticas nas redes sociais, a empresa explicou que o sistema já está ativo, mas que o bloqueio automático de contas ainda não foi liberado para evitar o risco de banimentos indevidos de jogadores inocentes.

Ainda assim, o sentimento de frustração entre os jogadores cresce. Muitos relataram já terem investido dinheiro real na compra de itens cosméticos e caixas de recompensas (conhecidas como “box” e “skins”), o que aumenta a cobrança por uma solução rápida. Além dos hacks em jogo, há também reclamações quanto ao tempo de resposta do suporte e à falta de previsibilidade sobre quando as medidas prometidas terão efeito concreto.

Por enquanto, a comunidade aguarda as próximas atualizações, com a esperança de que o El Hero consiga superar o momento delicado e entregar a experiência segura e competitiva que prometeu desde o início.