O universo dos jogos mobile brasileiros ganhou um novo capítulo de peso com o lançamento da versão beta de Capa Royale, desenvolvido pelo streamer e empresário Lucio dos Santos Lima, o CEROL. Com mecânicas, jogabilidade fluida e modos de jogo promissores, o título já está gerando movimentação nas redes sociais e impondo um novo desafio ao até então destaque nacional EL HERO, idealizado por EL GATO.
Ainda em fase de testes, o Capa Royale se destaca por apresentar recursos que estavam entre as maiores promessas do EL HERO, como o aguardado modo cashgame. Nele, jogadores podem entrar em partidas personalizadas mediante pagamento e o próprio jogo faz a divisão automática da premiação entre os melhores colocados do ranking ao final da partida, oferecendo um modelo competitivo com retorno financeiro direto.
Apesar de ainda precisar de polimentos, principalmente em pontos como a fonte de dano muito grande e animações que geram estranheza entre parte da comunidade, Capa Royale já apresenta um desempenho técnico superior ao seu rival direto. A fluidez das câmeras e da jogabilidade vem sendo elogiada por jogadores e influenciadores, muitos dos quais afirmam que o jogo já ultrapassou o EL HERO em inovação e agilidade de execução.
CEROL reconhece que o game ainda está em estágio inicial, ou como ele próprio define, está no “beta, do beta, do beta”, mas os primeiros testes já colocam o título como uma grande promessa do cenário mobile brasileiro.
EL HERO nasceu totalmente do zero, com conceitos gráficos e mecânicas criadas pela Moonite. Todo o desenvolvimento passou por um longo processo de estruturação e validação, o que trouxe atrasos e incertezas.
Capa Royale, por outro lado, já era um jogo existente e foi adquirido pela Jungle, estúdio brasileiro fundado em 2022 e com sede em São Paulo. A aquisição permitiu partir de uma base já funcional, acelerando ajustes e lançamentos.
A Moonite e equipe do EL HERO enfrentaram o desafio de construir uma marca e um produto do zero, inclusive com decisões de design e identidade gráfica.
Já a Jungle, responsável pelo Capa Royale, adota a estratégia de adquirir títulos com potencial e aprimorá-los. Isso economiza tempo de desenvolvimento e permite um foco mais rápido em experiência do usuário e desempenho.
A Jungle não chegou no Brasil com pouca munição: após um aporte internacional de US$ 6 milhões (cerca de R$ 31 milhões) liderado pelas gigantes Bitkraft e Framework Ventures, a empresa conta com apoio de fundos como Delphi Digital, 32bit Ventures e a brasileira Norte Ventures.
Enquanto o EL HERO ainda precisa lidar com bugs frequentes, desempenho inconsistente e críticas à jogabilidade, Capa Royale avança no campo da aceitação popular, ganhando a simpatia de streamers, apostando em modos competitivos e colhendo frutos de uma estratégia mais ágil.
Por enquanto, quem sai com a vantagem é CEROL, e o EL HERO vai precisar correr contra o tempo (e contra os bugs) se quiser manter o protagonismo.