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Como o governo está te vigiando neste exato momento com propagandas nas redes sociais

Revelações sobre como a tecnologia de anúncios em dispositivos móveis pode inadvertidamente alimentar a vigilância governamental e os desafios enfrentados pelas empresas envolvidas.

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14/10/2023 às 19h31 Atualizada em 14/10/2023 às 19h54
Como o governo está te vigiando neste exato momento com propagandas nas redes sociais
Reprodução - Foto - Ilustrativa

Numa era em que a tecnologia de anúncios digitais parece onipresente, nossa exposição diária a anúncios pode estar desvendando um universo de vigilância governamental que muitos de nós mal compreendem. Um recente relatório do The Wall Street Journal expõe como as informações provenientes de aplicativos móveis e redes de propaganda, que buscam segmentar publicidade para consumidores, podem, inadvertidamente, fornecer uma riqueza de dados que governos em todo o mundo desejam explorar.

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Quando você abre um aplicativo com suporte a anúncios, sua informação começa uma jornada complexa, passando por várias mãos antes de possivelmente chegar a agências governamentais. O processo envolve a coleta de dados sensíveis, como sua geolocalização, ID de usuário e endereço de IP, que podem ser vendidos por intermediários conhecidos como corretores de dados. Surpreendentemente, esses dados podem acabar nas mãos de agências de inteligência e até mesmo em setores militares.

O relatório destaca a empresa indiana Near Intelligence, que foi identificada como um ator-chave nesse intricado jogo de transferência de dados. A empresa supostamente obteve informações de mais de um bilhão de dispositivos, levantando preocupações sobre a legalidade de suas práticas. A situação piorou com a transferência de dados fora da União Europeia, o que foi descrito como um "despejo maciço de dados ilegais".

As alegações de que os dados estavam sendo utilizados pelo governo dos EUA para cibersegurança, contraterrorismo e outros fins levantaram sérias questões sobre privacidade e ética. A empresa Life 360, um aplicativo de segurança familiar, foi apontada como um dos atores nesse cenário, embora tenha negado qualquer envolvimento na venda de dados governamentais.

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A história da Near Intelligence também destaca uma lacuna significativa entre as práticas comerciais e as rigorosas normas de privacidade, especialmente as europeias. A empresa enfrenta agora consequências, com seu CEO e outros executivos em licença administrativa enquanto alegações de transgressões financeiras são investigadas.

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