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O governo do Acre, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), apresentou nesta quarta-feira, 29, as funcionalidades da Plataforma Acre Climate para os gestores do estado. A ferramenta digital é voltada ao mapeamento dos impactos das inundações sobre populações vulneráveis no estado.
O evento, realizado no Centro de Convenções da Universidade Federal do Acre (Ufac), reuniu gestores e técnicos da Sema; das secretarias de Planejamento (Seplan); de Agricultura (Seagri); do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC); da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil; do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) e da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), além de representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC).
Na ocasião, o secretário de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, apresentou as funcionalidades da plataforma e destacou como a ferramenta irá auxiliar a população e os gestores públicos na tomada de decisões, garantindo respostas mais rápidas e eficazes diante dos efeitos das mudanças climáticas.
“Estamos investindo cada vez mais em tecnologia para reduzir os impactos dos eventos climáticos extremos. A plataforma permite mapear as áreas de alagação, como as que vivenciamos em 2023. Com essas informações, a plataforma ajuda o poder público a tomar decisões baseadas em dados científicos, o que aumenta a eficiência das ações, garantindo um melhor atendimento à população”, afirmou o secretário.
A Acre Climate é baseada no ArcGIS, um dos sistemas de inteligência geoespacial mais utilizados no mundo, e integra dados hidrológicos, climáticos e territoriais com simulações e painéis de monitoramento para acompanhar os impactos das cheias em comunidades ribeirinhas, indígenas e em situação de vulnerabilidade.
Os dados da plataforma são provenientes do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) e conta com integração direta com instituições estaduais como a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasdh) Além de receber informações de bases federais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O coordenador do Cigma, Cláudio Cavalcante, explicou como a integração dos dados presentes na plataforma foram realizados.
“Os dados que compõem a plataforma foram desenvolvidos pela equipe técnica da UCGEO, que é uma unidade do Cigma. Reunimos todas as informações cumulativas, principalmente de 2023 e 2024, e integramos em diversas camadas de informação. Com isso, conseguimos gerar projeções do nível dos rios utilizando cotas específicas, que variam de 13 a 19 metros”, destaca o coordenador.
O coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Carlos Batista, destacou que a Plataforma Acre Climate representa um avanço estratégico para o monitoramento de riscos e a prevenção de desastres naturais no estado.
“Essa plataforma é fundamental para que os órgãos de monitoramento, como o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil Estadual e as coordenadorias municipais, recebam informações antecipadas e confiáveis. Com esses dados, conseguimos planejar e tomar decisões preventivas, reduzindo riscos, danos e prejuízos para as famílias que vivem em áreas vulneráveis.
Na fase inicial do projeto, já foram incluídos no mapeamento os municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Rio Branco, Xapuri, Porto Walter e Jordão. A plataforma disponibiliza informações detalhadas sobre áreas de risco de inundação, equipamentos públicos vulneráveis, bairros afetados e projeções de impacto territorial.
Apresentada pela primeira vez em setembro, na Semana do Clima, em Nova York, o projeto é implementado pela Sema, com execução técnica da empresa brasileira Codex, especializada em inteligência de dados e mudanças climáticas e financiado pelo Future Fund, uma iniciativa global do The Climate Group, mecanismo internacional de financiamento climático coordenado pela Coalizão Under2.
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