
O vereador Wanderley Paulo (Progressistas) por meio do Requerimento nº 269/2025, está solicitando que o Ministério da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde inclua a vacina contra a Herpes Zoster, popularmente conhecida como cobreiro, no calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa, visa principalmente proteger a população idosa e os imunossuprimidos, grupos mais vulneráveis às complicações da doença.
Wanderley Paulo ressaltou que a Herpes Zoster pode evoluir para a neuralgia pós-herpética, uma condição de dor crônica e de tratamento complexo que compromete severamente a qualidade de vida, a autonomia e a funcionalidade dos pacientes. “As complicações demandam acompanhamento médico constante e uso contínuo de medicamentos, muitos de alto custo e nem sempre disponíveis integralmente pelo SUS. A inclusão da vacina, mesmo que inicialmente para grupos prioritários, é uma medida de saúde preventiva com excelente custo-efetividade”, argumentou o vereador.
Wanderley defende que a vacinação preveniria a ocorrência da doença e, principalmente, suas sequelas incapacitantes, o que reduziria drasticamente os gastos futuros com internações, medicamentos e consultas especializadas.
A Herpes-zóster é uma doença de pele causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo que provoca a catapora. Após a infecção inicial, o vírus pode permanecer dormente no organismo e se manifestar anos depois, provocando erupções cutâneas dolorosas e, em alguns casos, complicações como a neuralgia pós-herpética, dor crônica que pode persistir por meses ou por anos após o desaparecimento das lesões.
A doença afeta principalmente pessoas com mais de 50 anos e indivíduos imunossuprimidos, como pacientes em tratamento contra o câncer, transplantados e pessoas com HIV. Aprovada pela Anvisa, em 2021, a vacina Shingrix representa a principal forma de prevenção contra o herpes-zóster. Ela é aplicada em duas doses, com intervalo de dois meses, e apresenta eficácia superior a 90% na prevenção da doença e de suas complicações.
No entanto, o alto custo do imunizante tem sido obstáculo para grande parte da população. Em clínicas particulares, o preço por dose varia entre R$ 830 e R$ 970, totalizando até R$ 1.760 para o esquema completo. Esse cenário reforça a importância do projeto de lei, que busca tornar a vacina acessível a todos, independentemente da condição financeira.