A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Núcleo de Zoonoses do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), deu um passo importante no fortalecimento das ações de saúde pública com a realização do Curso de Capacitação em Vigilância da Febre Maculosa e outras Riquetsioses (doenças bacterianas que podem ser transmitidas por carrapatos, piolhos, ácaros ou pulgas).
A iniciativa, que contou com o apoio do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reforça o compromisso do Estado com a formação técnica e o aprimoramento da resposta frente às doenças transmitidas por vetores.
O treinamento, que se encerra nesta sexta-feira, 10, reúne profissionais de diversas instituições, entre elas o Núcleo de Vigilância de Doenças Vetoriais, o Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen), a equipe de Entomologia da Sesacre, a Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa), a Universidade Federal do Acre (Ufac), o Centro Universitário Unimeta, a Fiocruz/RJ e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf).
Ao final da capacitação, o estado passará a contar com 20 novos multiplicadores especializados, aptos a atuar em campo e a fortalecer a vigilância epidemiológica e ambiental.
Para o médico veterinário Victor Luciano Mattos, chefe do Núcleo de Zoonoses da Sesacre, o curso foi essencial para aprimorar as práticas de campo e o nível técnico das equipes.
“Essa capacitação nos proporcionou ferramentas valiosas para o trabalho em campo. A qualidade técnica dos palestrantes e a metodologia aplicada ampliaram nossa capacidade de identificar vetores e conduzir investigações epidemiológicas com mais precisão. Saímos deste curso com um novo olhar sobre a vigilância da febre maculosa no Acre, prontos para elevar o nível de resposta do Estado frente a doenças transmitidas por vetores”, destacou.
A consultora técnica da Coordenação-Geral de Vigilância em Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial do Ministério da Saúde, Ana Carolina Mota, ressaltou a relevância do trabalho conjunto entre os órgãos.
“A febre maculosa é um desafio constante para a vigilância em saúde no país, e o fortalecimento técnico das equipes locais é essencial. A formação continuada de profissionais garante respostas mais rápidas e eficazes frente aos casos suspeitos e confirmados”, afirmou.
O pesquisador da Fiocruz/RJ, Leandro Siqueira, também destacou o caráter colaborativo da iniciativa.
“O sucesso do curso reflete o comprometimento das instituições envolvidas. Aqui no Acre conseguimos reunir Ufac, Sesacre, Fiocruz, Ministério da Saúde e parceiros locais em um esforço unificado pela saúde pública”, enfatizou.
Já o médico veterinário João Morais, responsável pelas Doenças Tropicais Negligenciadas na Sesacre, pontuou o impacto direto da capacitação na rede estadual de vigilância.
“O aprimoramento contínuo das nossas equipes é prioridade. A formação desses novos multiplicadores representa um avanço significativo para o estado, fortalecendo a rede de vigilância e garantindo mais preparo técnico para enfrentar os desafios relacionados à febre maculosa e outras riquetsioses”, observou.
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