O governador do Acre, Gladson Camelí, esteve em Acrelândia nesta quarta-feira, 10, para realizar a entrega de 300 títulos definitivos urbanos, rurais e para entidades religiosas, como parte dos programas Minha Terra de Papel Passado e Igreja Legal. A ação, fruto da parceria entre o governo estadual, por meio do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), e o Tribunal de Justiça do Estado (TJAC), visa garantir segurança jurídica e cidadania às famílias acreanas.
A Escola de Ensino Médio Marcílio Pontes dos Santos, que sediou a solenidade de entrega dos títulos, também foi contemplada com seu documento definitivo de propriedade.
Durante a cerimônia, Camelí destacou o papel da população local no desenvolvimento do estado. “Como é bom estar em Acrelândia, trazendo benefícios a essa população trabalhadora, que tanto tem ajudado no crescimento do nosso Acre”, afirmou, ao reconhecer o esforço dos moradores na produção rural e pecuária. Trata-se do segundo evento que marca uma força-tarefa na regularização fundiária do estado, que projeta uma entrega histórica de dez mil documentos até o fim de setembro. Somados, em dois dias foram entregues 700 documentos.
Segundo o chefe do Executivo, os títulos representam a realização de sonhos para centenas de famílias e instituições religiosas que passam a ter o domínio legal sobre suas propriedades. “Esse investimento de 1,18 milhões de reais em recursos próprios do Estado está sendo bem empregado e terá retorno certo para a população, com reflexos positivos no comércio e na produção rural”, declarou.
Camelí também fez questão de agradecer à presidente do Iteracre, Gabriela Câmara, e ao TJAC, representado pelo juiz Anastácio Menezes. O gestor ressaltou que, desde o início de sua gestão, mais de 18 mil famílias já foram beneficiadas com a regularização fundiária em todos os municípios do estado.
O governador ainda estendeu os agradecimentos à Assembleia Legislativa, representada pelo deputado Nicolau Júnior, aos 24 parlamentares estaduais, à bancada federal, ao prefeito de Acrelândia, Olavinho Boiadeiro, e aos vereadores do município. Em seu discurso, também fez uma menção especial à vice-governadora Mailza Assis, a quem chamou de “amiga e parceira de conquistas”.
“Moradia traz cidadania e autoestima para quem recebe. Mas, sobretudo, é um caminho certo para o desenvolvimento econômico e social do nosso estado”, disse Cameli, reafirmando o compromisso do governo com a inclusão social e o fortalecimento da economia acreana por meio da regularização fundiária.
A ação já passou por municípios como Cruzeiro do Sul e Plácido de Castro. “Estamos realizando um sonho de 20 anos para centenas de famílias. Em Acrelândia, enfrentamos desafios causados por ações de gestões anteriores, que comprometeram o ordenamento do solo e dificultaram a abertura de matrículas e a consolidação da propriedade. Mas, com o apoio do governador Gladson Camelí e da vice-governadora Mailza Assis, conseguimos avançar com a regularização fundiária nos 22 municípios do estado”, afirmou Gabriela.
Segundo a gestora, o investimento de quase R$ 2 milhões nesta etapa beneficiará cerca de 300 famílias, promovendo impactos diretos na economia local. “A regularização fundiária permite o acesso ao crédito bancário, fortalece a agricultura familiar e impulsiona o desenvolvimento social e econômico. É uma ação que transforma vidas”, avalia.
A presidente também ressaltou a diferença entre os títulos entregues atualmente e os que foram distribuídos no passado: “Antes, muitos documentos eram entregues sem registro, o que impedia a segurança jurídica. Hoje, cada título é analisado pelo cartório, com matrícula individualizada. Isso é regularização fundiária de verdade. É por isso que estamos falando de uma meta histórica”.
A entrega também alcançou instituições religiosas, como a Igreja Assembleia de Deus Madureira, que atua há mais de três décadas na cidade. O pastor Carleilson Melo destacou a importância da regularização para a comunidade.
“Estamos há 35 anos esperando por este momento. Antes, tínhamos a igreja, mas não o título. Agora temos um endereço certo. Isso é justiça social. Sem o documento, não podíamos fazer melhorias. Com ele, vamos investir ainda mais na área e alcançar mais pessoas. Agradeço ao governador e à equipe do Iteracre por essa ação tão significativa”, disse.
A iniciativa, que envolve investimento de quase R$ 2 milhões, beneficiará cerca de 300 famílias em Acrelândia, fortalecendo a agricultura familiar e impulsionando o acesso ao crédito bancário. Segundo a presidente do Iteracre, Gabriela Câmara, os títulos entregues são registrados em cartório, com matrícula individualizada, garantindo segurança jurídica e promovendo o desenvolvimento social e econômico nos municípios.
O evento foi marcado por emoção e sentimento de conquista. Os moradores de Acrelândia receberam seus títulos definitivos de propriedade, encerrando décadas de espera pelo reconhecimento legal de suas terras. A ação faz parte de uma força-tarefa estadual que visa entregar 10 mil títulos registrados em cartório até o fim do ano.
Entre os beneficiados está Francisca das Silva, moradora. “Cheguei aqui em 1982 e moro há cerca de 18 anos neste terreno. Esperei muito por este documento. Ter o título é uma conquista enorme, porque agora temos uma propriedade valorizada, com segurança jurídica. Pretendo investir na terra e isso vai ajudar bastante”, afirmou, comovida.
Outro contemplado foi José Paulino Nogueira, que também celebrou o momento: “Esperei muito por esse documento. Agora, com ele em mãos, é uma vitória e uma bênção. A gente tem a garantia de que a terra é nossa de fato e de direito. É um sentimento de gratidão”.
O governador reforçou o compromisso do Estado com a cidadania e o desenvolvimento social e econômico por meio da regularização fundiária: “Estamos concretizando um sonho que muitos esperaram por mais de 30 anos. Só aqui em Acrelândia, investimos quase R$ 2 milhões de para garantir que essas famílias tenham, finalmente, o título de suas terras. Isso não é apenas um papel, é identidade, é dignidade”.
Camelí destacou que a ação é fruto de uma ampla articulação entre governo estadual, por meio do Iteracre, TJAC, cartórios, prefeituras e as bancadas federal e estadual, garantindo que os títulos tenham validade legal e tragam dignidade aos proprietários.
“O que mais me emociona é ver no rosto das pessoas a alegria de saber que agora são, de fato e de direito, proprietárias. Com isso, elas podem melhorar suas casas, acessar crédito, gerar emprego e movimentar a economia local. Quem ganha é toda a sociedade”, analisou. Ao encerrar, Gladson reforçou o legado que pretende deixar: “Não posso falar de desenvolvimento sem falar de cidadania. A regularização fundiária é um direito de todos os cidadãos e cidadãs do Acre e do Brasil. Esse é o nosso compromisso”.
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