Com o propósito de aprimorar cada vez mais a qualidade do atendimento prestado à população, os agentes comunitários de saúde (ACS), passam por um treinamento durante toda que ajudam a monitorar, avaliar e direcionar as ações desenvolvidas nas unidades. A proposta tem como prioridade a estruturação do acesso da população à atenção primária.
Com foco no novo financiamento da Atenção Primária à Saúde (APS), em vigor desde maio deste ano, e nos indicadores do programa Previne Brasil, do Ministério da Saúde, o novo modelo traz alterações nas formas de repasse das transferências para os municípios, que passam a ser distribuídas com base nos critérios: capitação ponderada, pagamento por desempenho e incentivo para ações estratégicas. Na prática, essas novas regras vão levar em consideração dois fatores preponderantes para aumentar a equidade nos repasses de cada município.
O primeiro fator trata dos cadastros realizados pelas equipes de saúde, que precisam ser qualificados, ou seja, ter informações atualizadas e completas das pessoas e do território onde elas vivem.
Já o segundo e principal fator trata do acompanhamento feito pelas unidades a cada cidadão. Para que uma pessoa seja considerada “acompanhada”, a equipe precisa ter feito mais de um contato assistencial no período de um ano, que pode ser desde a consulta em uma UBS até a visita de um agente comunitário.
A reestruturação do financiamento conta ainda com componentes fixo por equipe; vínculo e acompanhamento territorial; e qualidade e indução de boas práticas. Cada um desses componentes representa um percentual no valor total que o governo federal envia a cada município.
Durante o encontro, os profissionais vivenciam situações práticas, inspiradas no dia a dia dos atendimentos. A proposta é mostrar, de forma aplicada, como esses indicadores podem auxiliar na gestão, permitindo identificar avanços, reconhecer fragilidades e construir soluções que resultem em melhorias diretas para a comunidade.
Com os novos parâmetros de avaliação, a formação também abriu espaço para discutir boas práticas de cuidado com a gestante e a puérpera. O tema reforçou a importância da assistência integral às mulheres nesse período tão delicado, ressaltando estratégias para garantir acolhimento, prevenção de riscos e acompanhamento seguro tanto para a mãe quanto para o bebê.
Para a coordenadora da Atenção Primária, Cátia Luciano, o treinamento representa um avanço na construção de uma rede de saúde mais eficiente e resolutiva com a aplicação dos novos parâmetros de avaliação no cotidiano dos atendimentos.
“São informações importantes que nos ajudam a alinhar conceitos e práticas. Os novos indicadores permitem que a gente enxergue com mais clareza onde estamos acertando e onde precisamos melhorar. Assim, conseguimos organizar estratégias que impactam diretamente na vida do usuário, garantindo mais qualidade na assistência”, destacou.
Mais do que números e relatórios, os indicadores representam ferramentas de transformação, capazes de orientar decisões e fortalecer o cuidado oferecido em cada bairro, reitera o secretário municipal de Saúde, Vanio Jordani.
“A atualização integra os esforços da gestão municipal em consolidar a Atenção Primária como a porta de entrada do Sistema Único de Saúde. Além de investir em infraestrutura, o Município tem apostado na valorização do capital humano, reconhecendo o papel essencial de cada servidor na promoção da saúde e no bem-estar da comunidade”, finaliza.
A formação, realizada pela Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Saúde, integra as ações da educação continuada da Comissão de Integração de Ensino e Serviço (CIES), em parceria com a TWI Consultoria e Tecnologia e empresa Facilita responsável pelo prontuário eletrônico do G-MUS, sistema que contempla desde o atendimento primário à gestão estratégica da saúde.
Texto: Janaína Oliveira
Fotos: Cleiton Isidorio
Este material só pode ser utilizado para fins jornalísticos, informativos e educativos, sempre citando a fonte original, conforme prevê a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).