O Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta quarta-feira (16/7) a Operação Soldados da Usura II, com apoio da Polícia Civil (PCRO) e da Polícia Militar (PMRO). A ação foi realizada nas cidades de Porto Velho e Buritis.
A fase ostensiva da operação teve como objetivo cumprir sete mandados de prisão preventiva, 13 mandados de busca e apreensão e diversas medidas de indisponibilidade patrimonial, incluindo bloqueio de valores, imóveis e veículos, que totalizam R$ 2.738.445,25. Todas as ordens foram expedidas pela 1ª Vara de Garantias da Comarca de Porto Velho.
A nova etapa dá continuidade à Operação Soldados da Usura, deflagrada em 7 de fevereiro deste ano, que visa desmantelar uma organização criminosa voltada para obtenção de lucros ilícitos por meio de empréstimos ilegais (agiotagem). O grupo também é investigado por crimes de extorsão, lavagem de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica.
De acordo com as investigações, a quadrilha realizava empréstimos com juros abusivos e, para cobrar as dívidas, utilizava violência, ameaças com armas de fogo e outros meios coercitivos, chegando a se apropriar de bens e valores das vítimas. O esquema movimentava altas somas em dinheiro e patrimônio.
O foco desta segunda fase é a chamada “equipe de cobrança”, responsável pelas ações mais violentas do grupo. Segundo o MPRO, mesmo após a prisão dos líderes na primeira fase, os cobradores continuaram atuando a mando da organização, praticando crimes de usura e extorsão.
A operação mobilizou cerca de 90 agentes, incluindo policiais militares, equipe da Corregedoria da PMRO, policiais civis, promotores de Justiça e servidores do Gaeco.
O nome da operação faz referência ao comportamento agressivo dos investigados, que, segundo o MPRO, se comportavam “como uma legião de saqueadores”, utilizando força e ameaças armadas para explorar e expropriar as vítimas.