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Campos Neto cita diretores indicados por Lula e diz que, se necessário, BC elevará juros para conter inflação

Roberto Campos Neto participou de audiência na Câmara. Recentemente, Gabriel Galípolo, diretor indicado por petista, não descartou aumento de juros para atingimento de metas.

Redação
Por: Redação Fonte: g1
13/08/2024 às 13h11
Campos Neto cita diretores indicados por Lula e diz que, se necessário, BC elevará juros para conter inflação

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (13) que o Comitê de Política Monetária (Copom) pode subir a taxa de juros para combater as pressões inflacionárias.

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A possibilidade já havia sido divulgada na semana passada, por meio da ata da última reunião do Copom, quando a instituição informou que "não hesitará em elevar a taxa de juros" se julgar apropriado.

 

"Em relação à possibilidade de subir os juros, ontem teve duas falas de diretores apontados por esse governo [do presidente Lula] que vão fazer o que tiver que fazer para a inflação atingir a meta. E, se tiver de subir os juros, é isso que vai ser feito", declarou Campos Neto, durante audiência na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados.

 

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Atualmente, o juro básico da economia está em 10,5% ao ano, após duas manutenções pelo BC, no menor nível em dois anos e meio. Mesmo assim, trata-se da terceira maior taxa, em termos reais, do mundo.

O atual nível da taxa Selic foi criticado várias vezes pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos meses, que questiona seu impacto no crescimento da economia e na geração de emprego, assim como por integrantes do PT.

Na última quinta-feira (8), o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que "todos diretores [do BC, com voto na definição da taxa de juros] estão dispostos a fazer o que for necessário para cumprir a meta [de inflação]".

Galípolo foi indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e é cotado para ser o próximo presidente da instituição a partir de 2025.

"Se por acaso, o poder democraticamente eleito [governo federal] conviver com uma economia onde seja necessário um esforço de política monetária inferior [juro menor] ao esforço necessário para persecução de uma meta de 3% há uma maneira institucional legal, objetiva e simples para que o poder democraticamente eleito transfira esse comando ou orientação para a autoridade monetária, que é o decreto da meta de inflação. Você altera a meta de inflação", afirmou Galípolo, na ocasião.

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