No interior do Amazonas, especificamente no município de Autazes, a Polícia Federal realizou uma operação que resultou na prisão do líder da aldeia indígena Muratuba, pertencente à tribo Mura. O homem de 57 anos enfrenta acusações de abuso sexual contra, pelo menos, quatro mulheres, incluindo sua própria neta, que tinha apenas oito anos quando foi vítima dos abusos.
A prisão temporária, decretada pela Justiça Federal, tem duração de 30 dias, enquanto as autoridades continuam a investigação sobre os crimes cometidos na aldeia. Segundo a Polícia Federal, as vítimas, recém-mães, procuraram o líder em busca de documentação para seus filhos, visando acesso a benefícios. No entanto, o líder exigia favores sexuais em troca da liberação dos documentos, criando um ambiente de abuso e exploração.
A operação, que contou com cerca de 20 agentes da PF, incluindo uma delegada, e um representante da Fundação Nacional do Índio (Funai), foi realizada dentro da terra indígena. O suspeito, detido durante a ação, ostenta o título de "Tuxaua," sendo considerado a liderança indígena na aldeia Muratuba, onde aproximadamente 20 famílias residem.
A comunidade indígena agora se vê diante de um choque, com a prisão de uma figura de autoridade que deveria zelar pelo bem-estar e integridade dos membros da aldeia. As investigações prosseguem, visando esclarecer completamente os casos de abuso sexual e garantir justiça às vítimas.
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