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Maior Apreensão de Ouro de Garimpo Ilegal Resulta em Denúncias e Prisões

MPF acusa dois homens por crime contra o patrimônio da União e atentado à segurança do transporte aéreo, após apreensão recorde de 47kg de ouro ilegal no estado.

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19/12/2023 às 21h34 Atualizada em 15/01/2024 às 12h22
Maior Apreensão de Ouro de Garimpo Ilegal Resulta em Denúncias e Prisões
Reprodução - PM-AM

Na tarde do dia 9 de dezembro, uma operação surpreendente da Polícia Militar em Manaus resultou na prisão em flagrante de dois homens transportando 47 kg de ouro extraído de garimpo ilegal, avaliado em cerca de R$ 15 milhões. A apreensão, considerada a maior da história do Amazonas, desencadeou denúncias do Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal do estado.

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Os acusados enfrentam graves incriminações, incluindo crime contra o patrimônio da União na modalidade de usurpação, com pena variando de 1 a 5 anos de prisão, além de multa. Um dos indivíduos também foi denunciado por atentado contra a segurança do transporte aéreo, por pilotar uma aeronave sem plano de voo, crime que prevê reclusão de 2 a 5 anos.

A denúncia do MPF revela que a ação policial não foi um simples assalto em uma área de classe média alta, como inicialmente reportado. Os dois homens estavam sendo monitorados há um ano pela Polícia Federal, suspeitos de integrar uma quadrilha especializada na extração e venda ilegal de ouro da Amazônia.

O episódio envolveu um tiroteio entre dois veículos na avenida Nilton Lins, resultando na apreensão das barras de ouro, uma aeronave, dois carros, uma arma, munições e dinheiro em espécie. Mesmo com a intervenção da Polícia Militar, a atuação da Rocam revelou uma trama que ultrapassava a simples tentativa de roubo.

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O MPF ressalta que o garimpo ilegal na região não apenas atenta contra o patrimônio do Estado brasileiro, mas também tem sérias repercussões ambientais e à saúde pública. O uso de mercúrio, substância cancerígena, durante a extração mineral contribui para a poluição dos rios e ameaça a fauna aquática, afetando diretamente a qualidade de vida de comunidades ribeirinhas e indígenas.

A denúncia destaca a dimensão de tragédia humanitária que o garimpo ilegal em terras indígenas na Região Norte assumiu, atraindo a atenção de organismos internacionais. Em julho de 2022, a Corte Interamericana de Direitos Humanos exigiu ações do Estado Brasileiro para proteger a saúde e a vida dos povos indígenas diante da presença crescente de garimpeiros em suas terras.

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