Na manhã desta sexta-feira, as autoridades em Maceió, Alagoas, atualizaram a situação crítica em torno da mina de sal-gema na região do Mutange. O deslocamento vertical acumulado atingiu 2,06 metros, com uma velocidade de 0,23cm por hora nas últimas 24 horas, representando uma desaceleração, mas ainda motivo de alerta. O bairro do Mutange está sob atenção especial, e a população é orientada a evitar transitar na área desocupada.
“A Defesa Civil de Maceió informa que o deslocamento vertical acumulado da mina n° 18 é de 2,06m e a velocidade vertical é de 0,23cm por hora, apresentando um movimento de 5,7cm nas últimas 24h.O órgão permanece em ALERTA devido ao risco de colapso da mina nº 18, que está na região do antigo campo do CSA, no Mutange. Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo. A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas“.
O risco de colapso persiste, com a possibilidade de uma cratera de até 152 metros de raio. O Mutange, junto a outros bairros como Pinheiro, Bebedouro, Farol, e Bom Parto, enfrenta não apenas o desafio do afundamento, mas também registrou mais de mil abalos sísmicos em apenas cinco dias, agravando a preocupação das autoridades.
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Essa crise teve início com as atividades de mineração da Braskem, causando deslocamento de solo e forçando mais de 55 mil pessoas a deixarem suas casas desde 2018. O problema, identificado como resultado da extração de sal-gema, levou a investigações que culminaram no fechamento e estabilização das 35 minas em 2019.
Em resposta aos danos, a Braskem implementou um programa de compensação financeira e apoio à realocação. Contudo, muitos moradores alegam que as indenizações oferecidas são inadequadas diante dos prejuízos sofridos, prolongando a espera por soluções definitivas.
A cidade de Maceió enfrenta não apenas perdas materiais, como escolas e hospitais, mas também desafios no trânsito devido ao isolamento urbano resultante da emergência na mina 18. O cenário atual exige medidas rápidas e eficazes para garantir a segurança e o bem-estar dos afetados e a estabilidade da região.
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