O governo brasileiro está monitorando atentamente as movimentações na fronteira com a Venezuela diante dos sinais de que o país vizinho pode tentar invadir a Guiana, utilizando o território brasileiro como rota. Em entrevista à CNN nesta sexta-feira, o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, enfatizou a necessidade de precaução diante dessa possibilidade.
"É como se seu vizinho quisesse invadir outra casa usando a sua. O que não podemos permitir é que a Venezuela, querendo entrar na Guiana, use nosso território. Estamos atentos. A Defesa não vai permitir que use território brasileiro para outro país entrar em briga", declarou o ministro.
A tensão aumenta devido a um referendo convocado por Nicolas Maduro, no qual os cidadãos venezuelanos serão questionados sobre o apoio à anexação da área de Essequibo, pertencente à Guiana. Uma das perguntas específicas aborda se a população autoriza o governo a utilizar "todos os meios" para retomar a área, que abrange quase dois terços do território guianense e possui reservas significativas de petróleo.
O Ministro da Defesa revelou à CNN que o Exército brasileiro aumentou as tropas na região, uma medida que já estava planejada, mas foi antecipada diante da possibilidade de aumento da tensão.
"Por enquanto é um problema da diplomacia. Mas como a fronteira é nossa responsabilidade, estamos atentos e antecipamos um reforço de tropas que já faríamos", destacou José Múcio Monteiro.
Em uma atitude drástica para evitar qualquer escalada, o governo brasileiro autorizou o Exército a adotar medidas extremas.
"Estão à disposição todas as tropas do exército que utilizarão todos os meios. Além de estarem autorizadas a abrir fogo, se algum soldado venezuelano tentar sequer passar um dedo da fronteira"
Para buscar uma solução pacífica e evitar confrontos diretos, o Itamaraty está trabalhando ativamente com o apoio do Palácio do Planalto. O Brasil espera resolver a situação diplomaticamente, mas está preparado para proteger sua soberania e impedir qualquer ameaça à integridade territorial.
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