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Operação conjunta investiga possível desvio de 21 metralhadoras para o PCC e CV

Operação resulta na apreensão de eletrônicos em residências de militares suspeitos; armas teriam destino em facções criminosas.

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24/11/2023 às 10h21
Operação conjunta investiga possível desvio de 21 metralhadoras para o PCC e CV
Reprodução - Polícia Civil/Divulgação

Na última quinta-feira (23), uma operação conjunta envolvendo Exército, Polícia Militar (PM) e Polícia Técnico-Científica resultou na apreensão de oito celulares, dois computadores e uma máquina para pagamentos com cartões bancários. A ação ocorreu em Jandira, na Grande São Paulo, como parte da investigação sobre o furto de 21 metralhadoras no Arsenal de Guerra de São Paulo. Seis militares são suspeitos de participação direta no crime, sendo um deles apontado como responsável pelo transporte das armas para fora do quartel em Barueri.

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Entenda o caso

Misterioso Desaparecimento de Metralhadoras no Arsenal de Guerra Brasileiro

O furto, descoberto em outubro, desencadeou a recuperação de 19 das 21 armas até o momento. As investigações apontam que as metralhadoras, de calibres .50 e 7,62, seriam negociadas com facções criminosas, especificamente o Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo e o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro. Apesar dos esforços, nenhum dos suspeitos, sejam militares ou membros do crime organizado, está atualmente detido.

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A Justiça Militar, acionada pelo Comando Militar do Sudeste (CMSE), emitiu mandados de busca e apreensão nas residências dos militares investigados. No entanto, os pedidos de prisão preventiva foram negados, com o Ministério Público Militar considerando os argumentos insuficientes. O inquérito militar, previsto para conclusão até dezembro, pode resultar em novos pedidos de prisão, abrangendo acusações de furto, peculato, receptação e extravio.

Este episódio representa o maior desvio de armas do Exército desde 2009 e evidencia a complexidade das investigações, que incluem a possível conexão das metralhadoras com facções criminosas. Enquanto 19 armas foram recuperadas em outubro, duas ainda permanecem desaparecidas, alimentando a preocupação das autoridades sobre o uso potencial dessas armas no cenário do crime organizado. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) investiga a possível relação de três integrantes do PCC e CV com o recebimento das armas, mas até agora nenhum deles foi detido.

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