Na quarta-feira (22), Ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgaram uma revisão preocupante nas projeções para o déficit primário em 2023, apontando um saldo negativo de $177,4 bilhões. Essa atualização, mais pessimista do que a previsão de setembro, desafia a meta "informal" estabelecida pelo ministro da Fazenda, Haddad, que inicialmente almejava um déficit de $100 bilhões, equivalente a cerca de 1% do PIB.

O secretário Rogério Ceron explicou que, muitas vezes, ao final do ano, há recursos remanescentes autorizados para gastos. Esse aumento no rombo das contas públicas ocorre em um momento delicado, enquanto o governo busca a aprovação, no Congresso, do aumento dos impostos, especialmente do ICMS, já aprovado em alguns estados. Paralelamente, cortes de verbas impactam áreas cruciais, como hospitais e livros didáticos, totalizando uma redução de mais de $3,8 bilhões.

Essa realidade desafiadora também se reflete na queda da aprovação do presidente Lula.