Uma criança de 10 anos foi resgatada de uma casa no bairro São Sebastião, zona norte de Porto Velho, após ser encontrada acorrentada e em estado de completo abandono. O socorro foi desencadeado por um funcionário da Energisa que, durante o corte de energia em uma residência próxima, foi abordado pelo pequeno, relatando a cruel situação. O pai e a madrasta da vítima foram presos após a descoberta.
Segundo informações do trabalhador da Energisa, ao entrar na propriedade, deparou-se com a criança acorrentada a uma janela, visivelmente debilitada, magra e com lesões, incluindo queimaduras na perna esquerda. A Polícia Militar foi imediatamente acionada, conseguindo libertar a vítima que foi prontamente encaminhada à Policlínica Ana Adelaide devido ao seu estado precário.
A investigação revelou que o irmão mais velho da criança assumiu ter acorrentado o menor a mando do pai. Surpreendentemente, o pai alegou inocência, atribuindo a responsabilidade ao filho mais velho, enquanto a madrasta negou qualquer envolvimento, mesmo morando na mesma casa. O casal, preso e levado ao Departamento de Flagrantes, tentou alegar desconhecimento da situação cruel que a criança enfrentava.
O depoimento do irmão mais velho detalhou que as condições desumanas impostas à vítima foram ordenadas pelo pai, com conhecimento da madrasta. A criança relatou aos policiais que permaneceu acorrentada por três dias.
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