Enquanto muitas regiões do Brasil enfrentam um calor escaldante de 40 graus, no Rio Grande do Sul, a realidade é bem diferente. Enchentes, ciclones e inundações castigam os gaúchos. Hoje, segunda-feira (20), militares do 7º Batalhão de Infantaria Blindado estão em Lajeado, no Vale do Taquari, distribuindo água, comida e material de limpeza. Sete equipes com botes operam no município, temendo a repetição das enchentes catastróficas ocorridas há dois meses, que deixaram mais de 50 mortos e milhares desabrigados.
O governo do estado do RS iniciou a distribuição das doações feitas pelo PIX em outubro, somando 5 milhões de reais provenientes de pessoas de diferentes partes do mundo. Contudo, a insatisfação dos gaúchos cresce, destacando a ausência de espaço na mídia nacional e a falta de apoio visível do presidente Lula e dos deputados eleitos no RS. A perplexidade diante da falta de cobertura midiática leva a questionamentos sobre a priorização de notícias internacionais em detrimento das crises locais.
O Rio Grande do Sul já lamenta ao menos três mortes devido às chuvas recentes, intensificando a urgência das ações de ajuda. Cidades que, há pouco tempo, contaram com milhares de voluntários agora enfrentam a árdua tarefa de reconstruir tudo de novo.
Em entrevista ao Jornal Gazeta Buritis, depoimentos como "Hoje meu filho perde a casa e o pai que está desaparecido" e "Não tenho mais forças para reconstruir, acho que o melhor caminho é ir embora" revelam a dimensão do impacto humano dessa tragédia. Enquanto as comunidades buscam se reerguer, a busca por solidariedade e visibilidade nacional permanece como um desafio crucial.