A empresa Time For Fun (T4F), encarregada da organização da turnê da renomada cantora americana Taylor Swift no Brasil, está sob intensa investigação do Ministério Público do Trabalho (MPT). A ação movida busca cobrar R$ 1 milhão por suposto trabalho análogo à escravidão durante o festival Lollapalooza, ocorrido em São Paulo em abril deste ano.
No evento, trabalhadores foram identificados em condições deploráveis, responsáveis pelo transporte e manutenção das bebidas, submetidos a jornadas exaustivas de 12 horas, sem pagamento de quatro horas extras. Dormiam em uma tenda, sobre tiras de papelão, recebendo diárias de R$ 160. A T4F, notificada à época pelo MPT, alegou rescisão de contrato com a terceirizada YS Comercio de Alimentos, responsável pelo serviço relacionado às bebidas.
A tragédia ocorrida recentemente no show de Taylor Swift, com a morte da estudante Ana Clara Benevides, de 23 anos, ampliou a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Mais de mil fãs desmaiaram devido ao calor extremo, alcançando sensação térmica de 60ºC no estádio do Engenhão.
A ação do MPT pede uma multa milionária destinada ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e busca o reconhecimento dos direitos devidos aos trabalhadores submetidos a condições degradantes. Além disso, solicita indenizações de R$ 5 mil para cada vítima, visando que as empresas envolvidas sejam incluídas na "lista suja" do trabalho escravo ao término do processo.
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