Em meio a polêmicas, o governo federal desembolsou aproximadamente R$ 6 mil para viabilizar a participação de Luciane Barbosa Farias em um evento do Ministério de Direitos Humanos sobre o combate à tortura. Luciane, esposa do líder do Comando Vermelho no Amazonas, Clemilson dos Santos, conhecido como Tio Patinhas, foi condenada por lavagem de dinheiro para o tráfico em outubro, embora aguarde em liberdade o resultado de seu recurso.
De acordo com registros do painel de viagem do governo, as passagens de ida e volta totalizaram R$ 4.861,22, enquanto as diárias somaram R$ 1.047,85. A escolha de Luciane para representar o Amazonas no evento foi atribuída ao Comitê Estadual de Combate à Tortura (CEPCT-AM), órgão que envolve membros do governo local, Ordem dos Advogados, ONGs e Ministério Público.
O Instituto Liberdade do Amazonas, presidido por Luciane, foi incorporado ao CEPCT-AM em agosto, levantando questionamentos sobre possíveis vínculos financeiros com a facção carioca. Essa relação ganhou notoriedade, tornando as andanças de Luciane, apelidada de Dama do Tráfico.
As investigações revelam uma rápida ascensão patrimonial da esposa do Tio Patinhas, com aquisição de veículos, um apartamento de luxo em Pernambuco e outros imóveis, apontando para o uso de recursos do tráfico de drogas. Apesar das reuniões em Brasília, autoridades presentes alegam "desconhecimento" sobre a investigação policial e a ligação de Luciane com o Comando Vermelho.