Na manhã desta segunda-feira (13), ex-funcionários da 123 Milhas realizaram um protesto em frente à sede da empresa em Belo Horizonte. Desligados em agosto, os trabalhadores denunciaram a falta de pagamento da rescisão trabalhista, mesmo após a Justiça de Minas Gerais desbloquear mais de R$ 23 milhões da companhia.
Quatro dias após a decisão judicial, assinada pelo desembargador Alexandre Victor de Carvalho, que autorizou o uso do montante para quitar despesas trabalhistas, como FGTS, salários e planos de saúde, os ex-funcionários afirmaram não ter recebido qualquer comunicado ou pagamento.
Entenda o caso
Os problemas começaram em agosto deste ano, quando a 123 Milhas suspendeu pacotes e a emissão de passagens promocionais, afetando viagens já contratadas. A situação levou à solicitação de recuperação judicial, autorizada pela Justiça, evidenciando dificuldades financeiras que já vinham sendo investigadas pela CPI das Pirâmides Financeiras.
Em uma reviravolta, no dia 10 de outubro, a Justiça mineira autorizou estornos de passagens e pacotes turísticos comprados com a 123 Milhas, redirecionando os valores para uma conta judicial. Contudo, a falta de comunicação e pagamento aos ex-colaboradores permanece como ponto crítico da crise enfrentada pela empresa.