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Questão ‘demoniza’ o agronegócio no primeiro Enem do novo governo Lula

Bancada do Agro pede anulação de questões do Enem por suposto 'cunho ideológico'

Redação
Por: Redação
07/11/2023 às 08h22
Questão ‘demoniza’ o agronegócio no primeiro Enem do novo governo Lula
ilustrativa

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) levanta questões sobre suposto 'cunho ideológico' em questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) relacionadas ao desmatamento e agronegócio, demandando a anulação e convocação do ministro da Educação

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Na última segunda-feira (6), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), representando interesses do setor agropecuário, solicitou a anulação de duas questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) referentes ao desmatamento e agronegócio. A justificativa da FPA baseia-se na alegação de que tais questões possuem um suposto "cunho ideológico" e falta de "critério científico ou acadêmico". O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela elaboração do Enem, argumenta que as questões passaram por todas as normativas do Banco Nacional de Itens.

Além de solicitar a anulação das questões, a FPA requer que o Ministro da Educação, Camilo Santana, seja convocado para audiências na Câmara e no Senado, com o objetivo de esclarecer a situação. A frente também exige que o Ministério da Educação (MEC) forneça informações sobre a banca organizadora da prova e as referências bibliográficas utilizadas na elaboração das questões.

A FPA argumenta que as questões em questão representam um "negacionismo científico" contra o setor agropecuário, que desempenha um papel fundamental na segurança alimentar do Brasil e do mundo. Eles afirmam que o setor agropecuário é diversificado e engloba tanto pequenos como grandes agricultores, e que não aceitarão a divisão que possa estimular conflitos agrários.

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Por sua vez, o Inep responde que as questões do Enem são elaboradas por professores independentes, selecionados por meio de editais de chamada pública para colaboradores do Banco Nacional de Itens (BNI). O Instituto esclarece que não interfere nas ações dos colaboradores escolhidos para compor o Banco e que o processo envolve várias etapas de elaboração, revisão pedagógica e validação por uma comissão assessora. O Inep reafirma que as questões seguiram as normativas estabelecidas pelo BNI.

As questões contestadas pela FPA incluem a questão 70, que trata do desmatamento, e a questão 89, relacionada à territorialização do agronegócio. Ambas as questões apresentam textos de apoio que abordam aspectos específicos desses tópicos, questionando os estudantes sobre conceitos e interpretações apresentados nos textos.

A questão 70 se baseia em um trecho do artigo "A Amazônia e a nova geografia da produção da soja", de A.U. Oliveira, que discute a relação entre a expansão da cultura da soja e o desmatamento na região amazônica. Os alunos são questionados sobre o problema central descrito no texto, de acordo com a visão do autor, apresentando alternativas relacionadas a questões ambientais e agrícolas.

A questão 89 utiliza um trecho do artigo "Territorialização do agronegócio e subordinação do campesinato no Cerrado" para explorar a subordinação do conhecimento local à lógica do agronegócio no Cerrado brasileiro. Os estudantes devem identificar o que os elementos descritos no texto demonstram sobre a territorialização da produção, com base em opções relacionadas ao impacto sobre camponeses, latifundiários, assalariados, governantes e empresariado.

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