O estado de Rondônia tem sido palco de debates acalorados recentemente, à medida que o aumento do ICMS ganham destaque e as promessas do plano de governo do segundo mandato do Governador Marcos Rocha se tornam foco de controvérsias. Com 43 pastas que integram a estrutura organizacional do governo, totalizando 8.010 mil cargos comissionados (CDSs), a gestão de Rocha enfrenta um escrutínio mais rigoroso em relação à gestão fiscal e à promessa de um imposto mais justo.
Um dos pilares do plano de governo do Coronel Marcos Rocha para o período de 2023 a 2026 era a implantação de uma ação governamental que garantisse um imposto mais justo para a população rondoniense. No entanto, a promessa não foi cumprida em 2023, quando o governador aprovou um aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 17% para 21%, sobrecarregando ainda mais a população.
Posteriormente, o ICMS foi reduzido para 19,5%, um valor ainda superior ao original, o que gerou insatisfação entre os contribuintes e desencadeou uma série de críticas à administração de Rocha. A medida não apenas impactou a população, mas também provocou debates acalorados sobre a capacidade do governo de cumprir suas promessas eleitorais.
Ano passado o Governador Marcos Rocha recorreu ao então presidente Jair Messias Bolsonaro em busca de apoio eleitoral. Durante uma entrevista de propaganda eleitoral na Band, Rocha revelou que havia ligado para o presidente, enfatizando a necessidade de uma ação que beneficiasse a população de Rondônia.
"eu preciso que o senhor sancione a lei de redução do ICMS" disse Rocha.
Bolsonaro respondeu:
"isso é o que eu quero fazer. Mas o Rocha, você não vai sofrer com os outros governadores?"
Marcos rocha disse:
"Presidente, eu não tenho nada a ver com os outros governadores. Eu estou preocupado com a população do Estado de Rondônia"
A resposta de Bolsonaro ecoou, questionando se a decisão de Rocha não causaria atritos com outros governadores. O presidente alertou sobre as implicações da ação, mas Rocha enfatizou sua preocupação com a população de seu estado, afirmando que estava disposto a seguir adiante.
No entanto, a realidade subsequente mostrou que as palavras do governador não se traduziram em ações concretas. O ICMS foi reduzido, mas não voltou ao seu valor original de 17%, deixando a população de Rondônia com uma carga tributária mais pesada do que a prometida.
Essa controvérsia expõe a lacuna entre as promessas eleitorais e as ações efetivas do governo, gerando descontentamento entre os cidadãos rondonienses. Enquanto o governador argumentou estar preocupado com a população, a realidade do aumento do ICMS aponta na direção oposta, minando a confiança dos eleitores e levantando questões sobre a capacidade de Marcos Rocha de cumprir suas promessas.
A questão da arrecadação de impostos e a promessa não cumprida se tornaram um tópico central no debate político de Rondônia, com a população ansiosa por respostas e ação efetiva em relação a uma política fiscal mais justa.
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