
Antes mesmo da consulta ou do exame, existe alguém que acolhe e que orienta. É ali, na recepção das Unidades Básicas de Saúde, que a experiência do cidadão realmente começa. E foi pensando no valor desse primeiro encontro que recepcionistas das UBS do Município estão focados, durante os dias 03 e 04, na ressignificação da sua missão dentro do SUS.
A capacitação, que abordou o tema“Saúde, o seu negócio sob a perspectiva humana – Atendimento de excelência: despertando pessoas, fortalecendo organizações”,foi construída em parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, a Comissão de Integração de Ensino e Serviço (CIES) e a Controladoria do Município.
Longe da correria do balcão, elas puderam refletir sobre os seus gestos, sua forma de comunicar, suas emoções e reencontrar o sentido do trabalho que fazem todos os dias. O grupo revisitou amissãoque as une, avisãode futuro que buscam construir e osvaloresque sustentam um atendimento realmente humano.
Durante o curso, os profissionais foram atualizados também sobre responsabilidade, ética e segurança no cuidado com as informações. ALei Geral de Proteção de Dados (LGPD)foi discutida de forma clara e aplicada à realidade da recepção, reforçando a importância do sigilo, do respeito e da confiança.
Para Eliane Gonçalves, recepcionista do CAPSij, a formação foi essencial para fortalecer o seu papel no dia a dia, não só na organização de fichas, agendas e senhas, mas também no acolhimento de pessoas.
“Essa formação foi um momento importante para entendermos o tamanho da nossa responsabilidade. A recepção é o primeiro abraço do SUS — é ali que o paciente sente se está sendo visto e ouvido. Quando recebemos com humanidade, todo o atendimento se transforma.
A facilitadora Cristiane Laura explicou que o profissional da recepção ocupa uma posição central na rede de relações sociais, assim como qualquer usuário do sistema de saúde. Por isso, o atendimento exige consciência de si e do impacto dessas relações no modo de agir.
“Reconhecer nosso lugar dentro dessa rede amplia nossa capacidade de escuta e acolhimento. A humanização começa quando entendemos quem somos e como nos relacionamos”, ressaltou.
Texto: Janaína Oliveira
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