
Depois de 150 dias com o transporte coletivo rodando com a catraca livre, o uso do busão como opção de transporte mais que dobrou. Em outubro, foram registrados 123.393 giros nas catracas nos ônibus do transporte coletivo municipal. De janeiro a abril, antes de o passe livre ser implantado, as catracas dos ônibus giravam, em média, 48.724 vezes por mês. Nestes primeiros cinco meses, a adesão ao transporte coletivo aumentou 153%.
Atualmente, dez linhas são disponibilizadas com ônibus rodando de segunda à sexta-feira, das 5h às 20h30, e aos sábados, das 5h às 18h30, com o ponto de integração na Área Verde Central. Os veículos passam de hora em hora nos pontos.
Se este total de 123.393 giros for dividido por 27, que é o total de dias que o coletivo rodou em outubro, dado que o serviço não é disponibilizado aos domingos, a média diária de giros de catraca é de 4.570 giros. O coordenador do Departamento Transporte Coletivo, ligado à Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Saneamento (Sintra), Leandro Gehlen, explica que a média é diferente nos dias de semana e aos sábados. “Durante a semana, a média diária é de 4,9 mil giros de catraca, e, aos sábados, os dispositivos são rodados, cerca de 2,5 mil vezes”.
Levando-se em conta os dados de janeiro a abril, antes de o passe livre ser implantado, as catracas dos ônibus “giravam”, em média, 48.724 vezes por mês. Se essa média mensal fosse dividida por 25, em uma conta bem simplista, dado que os ônibus não rodam aos domingos, a média de utilização do coletivo era inferior a 2 mil giros por dia. “Se levarmos em consideração “ida e volta”, teríamos uma média de mil pessoas usando transporte coletivo”, estima o titular da Sintra, Milton Geller.
“Além de estimular mais pessoas a utilizar o transporte coletivo, a gratuidade da tarifa também está permitindo que as pessoas comecem a usar o ônibus mais vezes, indo de coletivo para fazer uma compra no centro, ir a uma consulta, ou à academia, por exemplo, ou seja, esta opção de transporte está começando a fazer parte da rotina das famílias”, analisa o secretário.
“É nítida a adesão à proposta de utilização do transporte coletivo e o que precisamos é isso, criar uma nova cultura com relação ao transporte, reduzindo assim o volume de veículos nas ruas, o que traz mais fluidez e, principalmente, segurança”, destaca o prefeito Alei Fernandes, acrescentando que outro benefício é a liberação de mais vagas de estacionamento em Sorriso, em especial na região central.
Relembre
A gratuidade do transporte coletivo foi efetivada por meio da lei 3.677, sancionada no dia 29 de abril. A iniciativa está sendo adotada como um teste, para avaliar a adesão da população à utilização do ônibus em sua rotina, e, futuramente, permitir a concessão do serviço.
Por mês, a Prefeitura gastava cerca de R$ 500 mil, com a locação de ônibus, combustível e o pagamento de condutores. Dados da Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Saneamento (Sintra), apontam que o valor que era recebido com as passagens, em média R$ 85 mil, não supria nem mesmo as despesas com pessoal.
À época o vice-prefeito Acacio Ambrosini contextualizou a importância da iniciativa. “Ao mesmo tempo que nos deparamos com o baixo retorno com o pagamento das passagens, o que torna inviável uma concessão neste momento, acreditamos que muitas pessoas possam achar caro pagar R$ 3,70 para se deslocar de ônibus, então, pensando no bem maior da comunidade , decidimos propor a gratuidade da tarifa do coletivo, estimulando a adoção desta nova opção, avançando assim em mobilidade e sustentabilidade”.
Texto: Nádia Mastella
Fotos: Ney Pinheiro
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