O anúncio ocorreu em um momento crítico da escalada de violência entre Israel e a Palestina, que entrou no seu sexto dia consecutivo. Intensos bombardeios continuam a assolar a Faixa de Gaza, onde vivem 2,3 milhões de palestinos. As autoridades locais já contabilizaram 1,2 mil mortes e mais de 5 mil feridos, além de pelo menos 180 mil pessoas desabrigadas.
Em uma postagem nas redes sociais após a conversa com o presidente israelense, Lula afirmou ter expressado seu agradecimento pelo apoio de Israel na operação de retirada de brasileiros que desejam retornar ao Brasil. Além disso, reforçou a condenação do Brasil aos ataques promovidos pelo Hamas, classificando-os como atos terroristas.
"Agradeci o apoio para a operação de retirada dos brasileiros que desejam retornar ao nosso país. Reafirmei a condenação brasileira aos ataques terroristas e nossa solidariedade com os familiares das vítimas", declarou o presidente brasileiro.
A decisão de considerar o Hamas como um grupo terrorista marca uma mudança significativa na política externa do Brasil, que historicamente vinha mantendo uma posição mais neutra em relação ao conflito entre Israel e a Palestina. Esta nova postura do governo brasileiro alinha o país com outras nações que já classificaram o Hamas como uma organização terrorista.
Além disso, a conversa entre os presidentes Lula e Herzog abordou a grave situação humanitária na região, com o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) alertando sobre a escassez de suprimentos essenciais, como comida e água, em Gaza. Essa carência se agravou após o bloqueio imposto por Israel ao enclave.
O Brasil, ao condenar os ataques do Hamas e reconhecer o direito de Israel de se defender, se posiciona como um ator importante na busca por uma solução pacífica para o conflito israelense-palestino, bem como na promoção da ajuda humanitária à população afetada pela crise.