Nesta terça-feira, a Polícia Federal deu continuidade à Operação Náufrago, desferindo um golpe significativo contra uma organização criminosa suspeita de facilitar o transporte de drogas de Rondônia até a Bahia. O foco da segunda fase da operação era a execução de quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Guarulhos e Arujá, em São Paulo.
A 1ª Vara de Delitos de Tóxicos da Comarca de Porto Velho também determinou o sequestro e a indisponibilidade de bens, incluindo veículos de luxo, adquiridos pelo grupo. Entretanto, à exceção de um imóvel localizado em São Paulo, os demais bens ainda permanecem fora do alcance das autoridades.
A investigação revelou que os suspeitos empregavam uma rota que partia de Porto Velho, em Rondônia, com destino à Bahia. Durante esse trajeto, eles se valiam de uma empresa de transporte sediada em São Paulo, com uma filial operando na capital de Rondônia. As drogas eram camufladas em carregamentos de sapatos e posteriormente enviadas por meio de um dos portos fluviais de Porto Velho.
O desmantelamento desse esquema criminoso ocorreu após a apreensão de cerca de uma tonelada de cocaína tanto em São Paulo quanto em Rondônia, na primeira fase da Operação Náufrago. Naquela ocasião, diversos veículos e lanchas de luxo, pertencentes aos suspeitos, foram confiscados.
O balanço total da operação incluiu a execução de 33 mandados de busca e apreensão e a prisão preventiva de 19 indivíduos. Um contingente de mais de 120 policiais participou da Operação Náufrago, que se estendeu por cinco estados, abrangendo as cidades de Porto Velho, Manaus, Itaituba (PA), Guarulhos (SP), São Paulo e Salvador.