Fundada em 1992, a JUABP levou para a arena, na madrugada de sábado (9), o tema “O Lampião: nem herói, nem vilão”, apresentando uma leitura crítica da figura de Virgulino Ferreira. Com coreografias marcantes, figurinos detalhados e narrativa envolvente, a quadrilha emocionou o público ao unir história, arte e cultura popular. A agremiação acumula conquistas comtítulos do Flor do Maracujá nos anos de 2006, 2016, 2019, agora pela quarta vez como campeã. Dono de uma voz forte e marcante, que emocionou o público na arena do Arraial Flor do Maracujá, o cantor e marcador da quadrilha JUABP, Maik de Paula, contou que o maior desafio foi se conectar e encaixar o roteiro de Lampião nos personagens. “Fiz uma pesquisa, viajei para Maracanaú e aprendi novas formas de marcação, mais intensas. Adaptei ao meu estilo para eternizar o que sinto pelo São João. Meu lugar é na arena, não no palco”, destacou o artista. A junina é liderada pelo presidente João Big desde 2003, que destacou a inovação do grupo no Flor do Maracujá. “Trouxemos esculturas, algo que acredito nunca ter visto em quadrilhas aqui de Porto Velho. Colocamos um carcará com mais de 10 metros ao fundo do palco. A JUABP veio para furar essa bolha, para que as coisas evoluam e cresçam. Quem sabe, no futuro, outros grupos sigam essa linha de raciocínio e assim o espetáculo cresça ainda mais.” PERTENCIMENTO No sábado (9), às 23h10, o boi-bumbá Az de Ouro voltou a encantar a plateia com o tema “Cultura: a semente de nossas lutas”. Fundado em 1991 por Raimundo Guedes e hoje presidido por sua filha, Andréia Guedes, o boi levou à arena 270 brincantes e uma grandiosa produção que exaltou as raízes populares e a luta pela preservação das tradições. Personagens como a porta-estandarte Rania Cavalcante, a sinhazinha Jennifer Cristina e a cunhã-poranga Jaqueline Dália deram vida a um espetáculo vibrante, repleto de cores e significados. Para Andréia Guedes, a conquista é resultado de dedicação coletiva.“Este ano, mais do que nunca, levamos à arena uma mensagem de resistência e pertencimento. Cada detalhe foi pensado para honrar nosso passado e inspirar o futuro”, afirmou. RESPEITÁVEL PÚBLICO A Rádio Farol Mirim confirmou mais uma vez sua força no cenário junino e, em 2025, conquistou o 15º título de sua história, sagrando-se campeã da categoria mirim de quadrilhas no Arraial Flor do Maracujá. Formada por 70 brincantes e 15 coordenadores, a quadrilha teve a montagem coreográfica assinada por Hethon Silva, que conduziu os pequenos com criatividade, disciplina e entusiasmo. Neste ano, encantou o público com o tema “Circo”, apresentando um espetáculo lúdico e nostálgico que transportou crianças e adultos para uma verdadeira viagem no tempo. TRADIÇÃO Com uma trajetória que atravessa gerações, o Boi Mirim Estrelinha celebra 40 anos como referência da cultura popular de Porto Velho, consagrando-se campeão da categoria mirim no Arraial Flor do Maracujá. Fundado em 1985 pelas matriarcas Edna Sarmento e Margarida Caúla, no Bairro Bela Vista, atualmente a sede está no bairro Ulisses Guimarães, Zona Leste de Porto Velho, o grupo mantém viva a tradição do boi-bumbá entre as novas gerações. Logo no ano de sua criação, o Estrelinha conquistou o título de campeão, repetindo o feito em 1987. Desde então, construiu uma história marcada por conquistas, que culminou em seu 12º título em 2025. O 41º Arraial Flor do Maracujá reafirmou seu papel como o maior palco para quadrilhas juninas e bois-bumbás do estado, mantendo viva uma tradição que atravessa gerações.Confira o resultado final e as pontuações de cada agremiação no link. Fonte
Texto: Paulo Amorim
Fotos: Daiane Mendonça, Isaac Pinheiro e Roni Carvalho
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