A Campanha Julho Amarelo, voltada à prevenção e combate às hepatites virais, foi encerrada com uma ação especial promovida pelo Serviço de Atendimento Especializado (SAE/CTA) da Secretaria Municipal de Saúde de Sorriso. A atividade foi realizada nesta semana na empresa Braviello, onde mais de 40 colaboradores participaram de uma palestra educativa e puderam realizar testes rápidos para detecção das hepatites B e C.
Além da temática principal, a coordenadora do SAE, enfermeira Michelle Saldanha, também abordou outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), esclarecendo dúvidas levantadas pelos trabalhadores e oferecendo orientações gerais sobre cuidados com a saúde e prevenção.
“Encerramos o mês com uma ação muito positiva. É fundamental levar informação até onde as pessoas estão. Muitas vezes, a correria do dia a dia impede que elas busquem o serviço de saúde, então é nosso papel ir até elas, orientar, ouvir e testar”, destacou Michelle. “A hepatite é uma doença silenciosa, e o diagnóstico precoce pode salvar vidas.”
Durante o mês diversas atividades educativas e preventivas foram realizadas, sempre com foco no acesso à informação, à testagem rápida e ao tratamento gratuito oferecido pelo SUS.
O SAE/CTA reforça que os testes rápidos continuam disponíveis gratuitamente à população durante todo o ano, com acolhimento, aconselhamento e, em caso de resultado positivo, encaminhamento imediato para início do tratamento.
Qualquer pessoa que queira saber um pouco mais sobre hepatites pode e deve procurar a unidade para tirar dúvidas e também para a realização de exames.O SAE fica aberto das 7 às 11 horas pela manhã e das 13 às 17 horas à tarde, de segunda a sexta-feira. O Serviço atende na Avenida dos Imigrantes, n.º 2495, Centro Norte.
Mais sobre o Julho Amarelo
O “Julho Amarelo”, foi instituído através da Lei 13.802, com objetivo de chamar a atenção para a luta contra às hepatites virais e reforçar as iniciativas de vigilância, prevenção e controle do agravo.
As hepatites B e C, que afetam diretamente o fígado, muitas vezes evoluem de forma assintomática por anos, aumentando os riscos de cirrose, câncer hepático e até óbito. Em todo o Brasil, estima-se que entre 0,7% a 1% da população viva com hepatite B ou C crônica sem saber, o que representa mais de 1,5 milhão de pessoas. Só em 2023, foram registrados mais de 26 mil novos casos dessas infecções no país, conforme o Ministério da Saúde.
Vale reforçar que a hepatite B não tem cura ainda, mas tem tratamento e pode ser evitada com a vacina disponível na rede pública. Já a hepatite C não tem vacina, mas tem cura através de tratamento oferecido gratuitamente pelo SUS.
Sintomas
Os sintomas da hepatite podem variar conforme o tipo de vírus envolvido, mas geralmente se manifestam na fase aguda da hepatite, através de:
Dor de cabeça e mal-estar geral;
Dor e inchaço abdominal;
Cor amarelada na pele e na parte branca dos olhos;
Urina escura, semelhante à cor da coca-cola;
Fezes claras, como massa de vidraceiro;
Náuseas, vômitos e emagrecimento sem causa aparente.
Formas de transmissão:
A transmissão da hepatite pode ocorrer pelo contato oral-fecal ou pelo contato com o sangue contaminado. Algumas formas de contaminação mais comuns incluem:
Compartilhar seringas;
Ter relações sexuais sem preservativo;
Consumir alimentos ou água contaminados por fezes;
Contato com urina ou fezes de uma pessoa contaminada.
Texto: Janaína Oliveira com Claudia Lazarotto
Fotos: CIES
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