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Com apoio do Programa de Aquisição de Alimentos mais de 120 produtores da terra indígena Mamoadate têm segurança alimentar fortalecida

Uma equipe da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) realizou, entre os dias 15 e 24 de julho, uma ação de entrega de alimentos na terra indí...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Acre
25/07/2025 às 14h58
Com apoio do Programa de Aquisição de Alimentos mais de 120 produtores da terra indígena Mamoadate têm segurança alimentar fortalecida
Foto: Reprodução/Secom Acre

Uma equipe da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) realizou, entre os dias 15 e 24 de julho, uma ação de entrega de alimentos na terra indígena Mamoadate, localizada entre os municípios de Assis Brasil e Sena Madureira. A iniciativa integra o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), política pública coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), com parceria do governo do Acre.

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PAA indígena fortalece segurança alimentar e economia dentro das terras indígenas. Foto: André Ximenes/Seagri
PAA indígena fortalece segurança alimentar e economia dentro das terras indígenas. Foto: André Ximenes/Seagri

O Acre se destaca nacionalmente por implementar de forma pioneira a modalidade indígena do programa, beneficiando 684 agricultores familiares de comunidades tradicionais. A ação assegura a compra direta da produção local e contribui para o fortalecimento da segurança alimentar em 75 escolas e 74 aldeias, abrangendo cerca de 30% do território indígena acreano.

O investimento destinado à terra indígena Mamoadate ultrapassa R$ 952 mil, distribuído entre 12 aldeias, que somam 1.333 moradores das etnias Manchineri, Mashco (Isolados do Rio Iaco) e Yaminawá. A operação foi acompanhada por André Ximenes, da Divisão de Produção Indígena da Seagri, que detalhou o processo.

“No ano passado, realizamos o cadastro dos produtores indígenas, passando por todas as aldeias e incluindo também as escolas que receberão os alimentos. Agora retornamos para iniciar a entrega da produção, oferecendo capacitações tanto aos agricultores quanto aos professores, que possuem papel fundamental na recepção, pesagem e registro dos alimentos”, explicou.

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Execução do programa contempla duas fases principais: diagnóstico da produção e cadastro dos agricultores, seguido por oficinas de capacitação voltadas a produtores, professores e lideranças locais. Foto: André Ximenes/Seagri
Execução do programa contempla duas fases principais: diagnóstico da produção e cadastro dos agricultores, seguido por oficinas de capacitação voltadas a produtores, professores e lideranças locais. Foto: André Ximenes/Seagri

Os produtores indígenas fornecem sua produção às escolas e, em troca, recebem recursos financeiros diretamente do MDS. Os alimentos integram a merenda escolar, complementando os itens enviados pelas cidades e contribuindo de maneira significativa para a nutrição das crianças indígenas.

Entre os produtos entregues, destacam-se cerca de 80 itens da agricultura tradicional, como banana comprida, banana prata, mandioca, coco verde, cana-de-açúcar, lima, limão, mamão, caiçuma, pupunha, amendoim e açaí, alimentos que refletem o saber ancestral e o potencial produtivo das comunidades.

Sabá Manchineri diz que este é um programa de extrema importância. Foto: Ingrid Kelly/Secom
Sabá Manchineri diz que este é um programa de extrema importância. Foto: Ingrid Kelly/Secom

O cacique Sabá Manchineri, da aldeia Twatwa, em Sena Madureira, enfatizou o valor social e simbólico da iniciativa. “Fico feliz porque é um produto nosso, vendido para nós e alimentando nossa gente. O governo valoriza nosso trabalho com compensação financeira, e isso nos incentiva a continuar na agricultura e na criação de animais. Participar deste processo me deixa realizado. Estamos literalmente colhendo o que plantamos”.

A execução do programa contempla duas fases principais: diagnóstico da produção e cadastro dos agricultores, seguido por oficinas de capacitação voltadas a produtores, professores e lideranças locais. Nessas oficinas, os participantes são orientados quanto à qualidade dos produtos, pesagem e logística de entrega semanal às escolas.

Além disso, o programa considera a infraestrutura de armazenamento das aldeias para planejar entregas fracionadas ao longo do ano letivo, minimizando perdas e garantindo um fluxo contínuo de alimentos.

O secretário de Agricultura, José Luis Tchê, destacou o impacto do programa: “Estamos falando de uma ação que já alcança famílias agricultoras indígenas em diversos territórios e etnias. Isso nos enche de orgulho e nos motiva a ampliar esse modelo, com responsabilidade, escuta e parceria. Seguiremos firmes, lado a lado com nossos parceiros e lideranças indígenas, fazendo do PAA uma ferramenta de inclusão produtiva, transformação social e fortalecimento das políticas públicas voltadas às comunidades tradicionais”.

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