No último dia 25 de maio, os deputados aprovaram, de forma simbólica, o texto-base do projeto apresentado pelo relator, deputado Átila Lira (PP-PI). Este projeto reestabelece o Imposto de Importação para compras feitas por pessoas físicas, além de um adicional de 17% de ICMS. A proposta, que está inserida no Projeto de Lei do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), segue agora para votação no Senado, prevista para esta quarta-feira.
O anúncio da taxação desencadeou uma série de reações negativas, principalmente no X, antigo Twitter, onde o assunto rapidamente se tornou um dos mais comentados. Jovens consumidores, que são o principal público das plataformas de e-commerce internacionais, expressaram sua indignação com a medida, alegando que isso prejudicará significativamente suas compras.
Muitos usuários demonstraram arrependimento por terem apoiado o presidente Lula nas últimas eleições, enquanto outros argumentaram que a nova taxação afetará diretamente seus trabalhos, especialmente aqueles que dependem de conteúdos exclusivos de importações para suas atividades nas redes sociais.
"Com essa nova taxação, fica impossível continuar comprando da Shein e Shopee. É um golpe duro para quem vive de conteúdo de moda e tendências", lamentou uma influenciadora digital no Twitter.
A inclusão da taxação no projeto do Mover, conhecido como "jabuti" — prática de inserir temas não relacionados em propostas legislativas —, também gerou críticas. Muitos consideram a manobra um desvio da transparência legislativa. Além disso, a tabela progressiva instituída pelo texto mantém a alíquota de 60% para importações acima de US$ 50,01.
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