O magnata e empresário Elon Musk não está mais mantendo silêncio sobre as pressões que ele alega ter enfrentado do Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF). Em uma revelação surpreendente, Musk afirmou que foi forçado a apagar contas de pessoas no 'X', sua plataforma de mídia social, sob ordens do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Em uma série de declarações explosivas feitas em um podcast transmitido ao vivo e posteriormente em sua própria plataforma, Musk expôs os bastidores das demandas do tribunal brasileiro. Ele afirmou que as instruções recebidas eram para suspender contas imediatamente, com um prazo de apenas duas horas para cumprir ou enfrentar multas significativas.
O que tornou a situação insustentável, de acordo com Musk, foi o pedido para suspender membros ativos do Parlamento brasileiro e jornalistas proeminentes, tudo sem poder revelar que tais ações eram direcionadas pelo ministro Alexandre de Moraes.
"Esta foi a gota d'água", declarou Musk. "Nós tivemos que fingir que era por causa dos nossos termos de serviço, e isso simplesmente não era mais aceitável."
Essas revelações vêm após Musk ter prometido anteriormente desobedecer ordens judiciais de Moraes e abrir um debate público sobre o assunto. Em uma provocação direta, ele convidou o juiz para um "debate aberto" em sua plataforma de mídia social.
— Elon Musk (@elonmusk) April 8, 2024
“Continuávamos recebendo essas exigências do juiz Alexandre para suspender as contas dos parlamentares e dos principais jornalistas. Não podíamos dizer a eles que isso era a mando do Alexandre, tínhamos que fingir que era devido às nossas regras” 🇧🇷
— DogeDesigner (@cb_doge) April 8, 2024
一 Elon Musk pic.twitter.com/Cc5IOvaUK9
Além disso, Musk anunciou que planeja liberar mais informações sobre as ordens de Moraes envolvendo a rede social e desfazer banimentos. No entanto, algumas contas permanecem banidas no Brasil, incluindo a da ex-juíza Ludmila Lins Grilo e a do jornalista Rodrigo Constantino.
É importante ressaltar que Musk não foi diretamente envolvido na decisão que resultou na publicação dos chamados "Twitter Files Brasil" na semana passada. Esses documentos, que vêm à tona após uma nova investigação conduzida por veículos como a Gazeta do Povo e o jornalista David Ágape, estavam nas mãos do jornalista americano Michael Shellenberger desde 2022, após serem entregues por Musk na época.