Na mais recente catástrofe ambiental a assolar a Amazônia, uma seca implacável e o fortalecido fenômeno El Niño estão lançando a região em um estado de emergência. O Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) adverte que essa seca histórica pode se estender até janeiro, trazendo consigo uma série de consequências devastadoras.
A situação crítica atinge rios estratégicos da Amazônia, como o Negro e o Solimões, formadores do imponente rio Amazonas, bem como o Madeira, Juruá, Purus e Xingu. A baixa vazão desses rios está comprometendo a navegação, a pesca, a agricultura e até mesmo o delicado equilíbrio ambiental.
A seca é agravada pela presença do El Niño, que se mostra mais poderoso este ano, impulsionado pelo aquecimento do Atlântico Tropical Norte. Esses fenômenos estão conspirando para reduzir drasticamente as chuvas na região, atrasando o início do período chuvoso, que deveria ocorrer em novembro.
No estado do Amazonas, cerca de 500 mil pessoas podem ser afetadas até outubro, levando os governos locais de Manaus e Rio Branco a declararem estado de emergência. Os bancos de areia, que se tornam mais visíveis a cada dia, estão se expandindo, ameaçando ainda mais a região.
Esta é uma chamada de alerta para a Amazônia e para o mundo. A seca severa e o El Niño fortalecido estão causando estragos que afetarão não apenas as vidas das pessoas que dependem da floresta, mas também o futuro deste ecossistema vital para todo o planeta. Medidas urgentes são necessárias para enfrentar essa crise ambiental iminente.