Um supermercado em Minas Gerais foi condenado a pagar uma indenização de 20 mil reais a um funcionário que apareceu em um vídeo publicado nas redes sociais da empresa, incluindo TikTok e Instagram. Inicialmente, a empresa afirmou que o funcionário havia consentido em participar e até mesmo contribuído com ideias para os vídeos. No entanto, a falta de um contrato formal ou documento assinado comprovando tal consentimento foi crucial no desfecho legal.
Com base nas evidências apresentadas, incluindo o vídeo em questão, o juiz responsável pelo caso decidiu que o funcionário tinha direito a uma compensação pelo uso de sua imagem sem uma autorização explícita e formal.
Especialistas em marketing alertam que essa estratégia de criação de vídeos para redes sociais pode ser um tiro no pé para as empresas. Grandes marcas como Apple, Coca-Cola, Burger King, Starbucks, Samsung e Walmart, conhecidas por suas equipes de marketing altamente qualificadas, evitam esse tipo de conteúdo em suas estratégias. Em vez disso, preferem focar em abordagens mais tradicionais e seguras.
Essa abordagem de humor, muitas vezes questionável e que pode envolver ridicularização de clientes, pode ter consequências negativas para a reputação da empresa. O caso em questão demonstra que ignorar os aspectos legais e éticos do uso da imagem de funcionários pode resultar em custos significativos para as empresas, além de danos à sua imagem pública.
Portanto, fica o alerta para as empresas que buscam se aventurar nas redes sociais: é crucial compreender e respeitar os direitos dos funcionários e clientes, além de evitar práticas que possam gerar controvérsias legais e prejudicar a reputação da marca.