Um homem de 46 anos morreu na manhã de sábado (27/1) após comer um peixe baiacu em Aracruz, no Espírito Santo. Em entrevista ao G1, os familiares de Magno Sérgio Gomes disseram que a causa da morte foi envenenamento.
Ele ficou 35 dias internado. A imã dele, Myrian Gomes Lopes, contou que ele ganhou o peixe de um amigo em 22 de dezembro. Segundo ela, Magno e o amigo limparam o peixe no dia seguinte, retiraram o fígado, ferventaram o órgão e comeram, com limão e sal. Eles começaram a passar mal logo em seguida, cerca de 45 minutos após comer.
“A gente não sabe a procedência do peixe, se foi pescado ou se tinha sido ganho. Eles limparam o baiacu e comeram. Magno nunca tinha limpado baiacu antes”, disse Myrian.
Ainda de acordo com a irmã, Magno começou a ficar com a boca dormente e foi com a esposa para o hospital dirigindo o próprio carro. Quando chegou lá, teve uma parada cardíaca de oito minutos.
Myrian ainda relatou que, devido ao quadro preocupante, ele foi entubado e transferido para um hospital na capital, Vitória, onde faleceu depois de mais de um mês de internação.
“Os médicos disseram para a nossa família que ele morreu por envenenamento, que logo subiu para a cabeça. Três dias depois de ser internado, ele teve diversas convulsões, que afetou muito o cérebro dele, deixando o mínimo possível de chances de recuperação”, explicou Myrian.
Magno deixa esposa e três filhos.
Já o amigo que também comeu o peixe teve alta uma semana após o episódio. “Ele já está em casa. Com as pernas, ele não está andando muito direitinho. Ele foi impactado neurologicamente, mas está se recuperando”, disse.
A carne de baiacu é tradicionalmente usada na culinária asiática. Mas, apesar do consumo disseminado, várias espécies desse peixe possuem uma toxina capaz de levar à morte se a carne não for bem preparada.
As autoridades de saúde orientam evitar comer carne de baiacu de origem desconhecida devido às toxinas que podem causar envenenamento se não forem preparadas corretamente.
A toxina pode causar desde uma leve dormência até a parada cardiorrespiratória, a depender da quantidade ingerida.
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