Nesta quarta-feira, uma situação climática crítica está se desenrolando ao longo da costa gaúcha e catarinense. Uma baixa pressão está prestes a dar origem a um ciclone extratropical no Atlântico, próximo ao Litoral Norte do Rio Grande do Sul e ao Sul de Santa Catarina. O resultado iminente será um vento poderoso, soprando do quadrante Sul para o Sul e o Leste do Rio Grande do Sul, com rajadas que podem atingir, em média, de 50 km/h a 80 km/h. Esses ventos intensos afetarão áreas costeiras, a Lagoa dos Patos e a região de Porto Alegre.
No Litoral Norte gaúcho, devido à proximidade do centro do ciclone, o vento pode se tornar ainda mais feroz em alguns pontos. Além disso, áreas como a borda da Serra dos Aparados da Serra e o Planalto Sul Catarinense enfrentarão ventos extremamente fortes.
Em Porto Alegre, o vento Sul, que ocasionalmente soprou com força durante o dia, levantou preocupações adicionais. Esse vento tem o potencial de elevar significativamente o nível do Guaíba devido ao represamento, e existe uma possibilidade real de um aumento acentuado. Com o nível já atingindo 2,78 metros no final da tarde de hoje, a terceira maior cota registrada desde 1941 e superando o pico da cheia observado na segunda-feira, cresce consideravelmente o risco de agravamento das enchentes em Porto Alegre, afetando as ilhas e causando alagamentos em áreas não insulares da cidade.
A região do Vale do Taquari, que foi impactada pela passagem de um ciclone no início deste mês, continua sujeita a possíveis tempestades e ventanias.
É crucial recordar os eventos trágicos que ocorreram no início do mês no Rio Grande do Sul, nos quais famílias perderam suas casas, seus pertences e, lamentavelmente, perderam entes queridos devido às enchentes devastadoras. A tragédia também teve um impacto significativo na vida dos animais na região.