Os ossos encontrados pela família de Débora da Silva Alves, de 18 anos, na área onde ela foi achada morta são do bebê que ela estava esperando, segundo o Instituto Médico Legal (IML). A jovem foi assinada e teve a criança retirada da barriga. Três pessoas estão presas, incluindo o pai do bebê, principal suspeito do assassinato.
Familiares da vítima decidiram voltar ao local onde a mulher havia sido encontrada morta, em novembro, e acharam ossos que poderiam ser do bebê que ela esperava.
Eles acionaram a polícia e o Instituto Médico Legal (IML) removeu os ossos para fazerem exames de DNA.
Após mais de um mês desde que os ossos foram encontrados, o IML confirmou para a família que os ossos encontrados são do bebê que foi retirado da barriga de Débora, nesta quinta-feira (14).
Débora foi encontrada morta na manhã do dia 3 de agosto deste ano, em uma área de mata localizada no Mauazinho, Zona Leste de Manaus. Ela estava grávida de oito meses e o bebê não havia sido encontrado desde então.
A mulher foi queimada e teve os pés cortados. A jovem também tinha um pano no pescoço, o que, segundo a polícia, indica que ela foi asfixiada.
Estão presos Gil Romero Machado Batista, de 41 anos, pai do bebê; Ana Júlia Azevedo Ribeiro, de 29 nos, mulher do suspeito; e José Nilson, colega de trabalho de Gil Romero, suspeitos de terem cometido o crime.
Gil Romero é apontado como mentor e autor do assassinato de Débora. Segundo a família da vítima, a jovem estava grávida dele, mas o suspeito não queria assumir o bebê. Ele alegava que é casado com Ana Júlia.
De acordo com o delegado Ricardo Cunha, a vítima desapareceu no dia 29 de julho deste ano, quando saiu de casa para encontrar o suspeito, que lhe entregaria dinheiro para comprar o berço da criança.
O corpo dela foi encontrado no dia 3 de agosto, depois que a polícia prendeu José Nilson, suspeito de participação no crime. O homem era colega de trabalho de Gil Romero.
Após as investigações apontarem a participação de Gil Romero, o homem foi considerado foragido. As polícias Civil do Amazonas e Pará identificaram que ele estava escondido, no Pará, e montaram uma operação.
O suspeito foi preso na noite do dia 8 de agosto, em Curuá, no Pará. Na tarde do dia seguinte, 9 de agosto, o suspeito foi transferido para Manaus, e prestou depoimento, pela primeira vez, sobre o crime.
Inicialmente, Gil Romero disse que o bebê foi queimado junto com a mãe, ainda na barriga. No segundo depoimento, ele disse que retirou a criança da barriga da mãe, já morta, e jogou o corpo da criança no rio.
Na sexta-feira da semana, 3 de novembro, a família decidiu retornar à área onde o corpo de Débora foi encontrado. Após fazer buscas, os familiares encontraram uma ossada que acreditam ser do bebê.
O material foi enviado para perícia no Instituto Médico Legal (IML).
Mín. 23° Máx. 35°