Uma grave denúncia abala a Polícia Militar de Rondônia, envolvendo três de seus membros, dois sargentos e um cabo, suspeitos de extorsão contra garimpeiros na região do rio Madeira, em Porto Velho. A acusação aponta que os policiais, utilizando-se de uma embarcação, se apresentaram como integrantes da Polícia Ambiental para exigir ouro e dinheiro dos trabalhadores, sob ameaça de prisão.
As vítimas relataram que os agentes, devidamente fardados e armados, abordaram as dragas no rio, questionando sobre documentações relacionadas à extração de minério. De acordo com o registro da ocorrência, os policiais exigiram um "agradozinho" equivalente a cinco gramas de ouro para evitar prisões, além de valores em PIX e informações de contato dos donos das dragas.
A estratégia dos suspeitos, aparentemente recorrente, era capturada por câmeras de monitoramento interno em uma das balsas. As filmagens permitiram identificar a embarcação e a empresa a que ela pertence, revelando detalhes cruciais para as investigações.
Surpreendentemente, os policiais envolvidos alugaram a embarcação com recursos próprios, tanto para o aluguel quanto para o combustível, sob o pretexto de "dar uma volta no rio". Dois dos suspeitos são sargentos, sendo que um deles é membro ativo do Batalhão da Polícia Ambiental, enquanto o terceiro é um ex-integrante da divisão.
A Polícia Militar informou ao jornal g1 que o caso está sob investigação da Corregedoria, com acompanhamento do Ministério Público. Os policiais identificados foram afastados de suas atividades enquanto as investigações seguem em curso. A legalidade das atividades da vítima ainda não foi totalmente apurada, mas ressalta-se que operações contra garimpos ilegais na região já estão em andamento.