O boletim mais recente divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (7) revela desafios significativos para os produtores de soja no Brasil, com mudanças climáticas, influenciadas pelo fenômeno El Niño, causando irregularidades no plantio em diversas regiões do país. Rondônia, em particular, enfrentou adversidades notáveis, incluindo estiagem severa, altas temperaturas, chuvas irregulares e escassez hídrica. Surpreendentemente, mesmo diante desses obstáculos, o estado registra um avanço notável no plantio da soja.

De acordo com o boletim, 85% das áreas destinadas ao cultivo do grão já foram semeadas em Rondônia. No entanto, esse progresso é acompanhado por desafios, com 60% das áreas em fase de emergência, 10% em desenvolvimento vegetativo e 30% em início de formação de grãos. A situação é agravada pelas perdas significativas de germinação nas áreas já plantadas, exigindo a necessidade de replantio.

Em contraste, em outras regiões produtoras de soja no Brasil, o plantio está atrasado, e o potencial produtivo das lavouras diminuiu, resultando na redução das estimativas de produção. A Conab projeta um cultivo de 45.309 mil hectares com a oleaginosa, representando um aumento de 2,8% em relação à última safra. No entanto, a produção estimada é 1,4% inferior ao último levantamento. Apesar disso, ainda é 3,6% superior à safra 2022/23, que já era um recorde absoluto de produção.

Esses números destacam a resiliência dos agricultores rondonienses diante das condições climáticas adversas, enquanto outros estados enfrentam desafios mais expressivos. A atenção permanece voltada para o desenvolvimento futuro das lavouras e como os produtores irão enfrentar as possíveis consequências ao longo do ciclo de cultivo.

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