Falar com a Gazeta!
Gazeta Buritis
Publicidade

EUA realizam o primeiro voo do B-21 Raider, o bombardeiro mais letal do mundo

O revolucionário bombardeiro estratégico B-21 Rider promete ser a máquina de guerra mais poderosa do mundo

Redação
Por: Redação Fonte: Aero Magazine
13/11/2023 às 07h41
EUA realizam o primeiro voo do B-21 Raider, o bombardeiro mais letal do mundo

O novo bombardeiro dos Estados Unidos, o B-21 Raider, realizou na sexta-feira (10), seu primeiro voo. O avião furtivo foi apresentado ao mundo no final do ano passado, tendo passado ao longo de 2023 por uma série de testes e ensaios em solo, até a realização do voo inaugural na manhã de sexta, a partir de Palmdale, na Califórnia.

Continua após a publicidade
Receba, no WhatsApp, as principais notícias da Gazeta Buritis!
ENTRAR NO GRUPO

O B-21 é uma marco histórico na aviação de combate e foi formalmente apresentado no dia 2 de dezembro de 2022, quando Northrop Grumman fez seu rollout, na Plant 42, dentro do complexo da base aérea de Edwards, em Palmdale, na Califórnia.

O bombardeiro é promete colocar os Estados Unidos em um patamar ainda mais elevado na disputa pela supremacia aérea global. O B-21 será a nova bala de prata da USAF, a força aérea norte-americana, sendo uma resposta altamente capaz e tecnológica aos potenciais conflitos no Oceano Pacífico, sobretudo contra a China.

Continua após a publicidade
Anúncio

Na ocasião o B-21 Rider foi apresentado em um evento surpreendentemente público, transmitido até pela internet. A estratégia vai na contramão de todos os segredos que envolveram grandes aeronaves dos Estados Unidos. Para se ter uma ideia, o F-117 Nighthawk só foi revelado uma década depois que estava voando.

Ademais, o Plant 42 é um dos complexos militares mais protegidos dos Estados Unidos, sendo berço de projetos altamente secretos, como foi o B-2 Spirit, o antecessor do B-21. O acesso ao local é bastante restrito e raramente pessoas não envolvidas diretamente em algum projeto são autorizadas a entrar.

Na cerimônia de rollout, convidados dos círculos militares e políticos, assim como funcionários da Northrop Grumman e a imprensa, foram colocados diante do hangar construído para abrigar o novo bombardeiro.

O primeiro voo também ocorreu sem grandes esquemas de segurança, com o avião sendo amplamente fotografado por entusiastas próximos da base. O que reflete mudança na estratégia vai muito além de um simples marketing do Pentágono ou da Northrop Grumman, revelando-se, na prática, a primeira missão de dissuasão do novo avião.

A intenção foi exibir em todos os meios de comunicação, dos grandes jornais às mídias sociais, a capacidade norte-americana de criar um avião tecnologicamente muito superior a tudo o que existe no mundo. A Northrop Grumman afirma que o B-21 Raider é o primeiro avião de sexta geração, embora essa definição seja bastante controversa.

Em uma definição preliminar, o B-21 seria um bombardeiro estratégico, o primeiro da força aérea norte-americana desenvolvido após o fim da Guerra Fria. Porém, ele vai além e poderá atuar em uma série de missões, incluindo reconhecimento, inteligência, guerra eletrônica, entre outras.

“O B-21 é o primeiro bombardeiro estratégico em mais de três décadas. É a prova do compromisso de longo prazo do Departamento [de Defesa] em construir capacidades avançadas, que fortalecerão a capacidade dos EUA de impedir agressões hoje e no futuro”, destacou Lloyd Austin, secretário de Defesa dos Estados Unidos durante seu discurso.

Embora o B-2 Spirit, o famoso bombardeiro furtivo em formato de asa voadora, continue sendo único em suas capacidades, sem um rival à altura, ao menos em termos tecnológicos e de preço, sua vida útil se aproxima do limite economicamente aceitável.

Em se tratando de um programa cujas unidades custaram cada uma mais de dois bilhões de dólares, o valor de manutenção de ciclo de vida se mostra um problema sério. Não que o B-21 seja mais barato.

O custo fixado no programa Long-Range Standoff Bomber, vendido pela Northrop Grumman há sete anos, prevê um valor, por avião, de aproximadamente 600 milhões de dólares, em um contrato para cerca de cem unidades de série. Em resumo, uma conta de ao menos 60 bilhões apenas para construir os aviões, descontando os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e testes.

Caso o valor fixo de cada unidade fique próximo da meta, o bombardeiro continuará entre os mais caros aviões da história, mas ainda distante dos custos do B-2 e mesmo do programa Joint Strike Fighter, que deu origem ao F-35 e, ao seu final, deverá ultrapassar a marca de um trilhão de dólares.

 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários