Alta Floresta D’Oeste, em Rondônia, pode ser palco de uma das descobertas mais significativas da arqueologia mundial. Um grupo de pesquisadores está investigando a origem de pilões-bacias esculpidos em rochas, encontrados em um sítio arqueológico na região. A hipótese sugere uma possível ligação com a civilização Inca, que se espalhou pela Amazônia e pelos Andes.

A descoberta pode fornecer respostas sobre civilizações milenares que habitaram a América do Sul no período pré-colombiano. Os pesquisadores acreditam que grupos Incas ou povos influenciados por essa cultura possam ter migrado para diferentes áreas da imensa floresta amazônica, deixando rastros de suas práticas e rituais.

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O sítio arqueológico está localizado próximo à Terra Indígena Massaco e à Reserva Biológica Guaporé, regiões que também abrigam geoglifos, andenes e vestígios do Caminho de Peabiru – uma antiga rota que interligava diversos povos indígenas e pré-colombianos. Os pilões-bacias encontrados em Rondônia são semelhantes a estruturas usadas por ancestrais Incas em rituais religiosos, mas há também a hipótese de que tenham sido utilizados para a extração de ouro.

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Embora a pesquisa sobre o sítio arqueológico seja antiga, grande parte das informações foi coletada pelo pesquisador Joaquim Cunha, que faleceu em 2016. Agora, um novo grupo de cientistas busca dar continuidade às expedições para reunir novas evidências sobre as civilizações que podem ter explorado a região. Caso confirmada a relação com os Incas ou outro povo milenar, Rondônia pode se tornar um dos principais centros de estudos arqueológicos do mundo.