
A Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) consolidou, ao longo de 2025, uma ampla atuação no enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher no Acre. As ações priorizaram a prevenção ao feminicídio, a ampliação dos atendimentos especializados e a promoção da autonomia econômica feminina, com presença efetiva nos municípios, comunidades rurais e territórios indígenas.

Os serviços envolveram ações de conscientização, acolhimento e suporte psicológico, jurídico e social. As políticas públicas contemplaram grupos específicos, como meninas e mulheres negras, população LBT+, mulheres indígenas, ribeirinhas, residentes em áreas rurais e empreendedoras.

Para viabilizar essas iniciativas, a Semulher executou programas contínuos e campanhas sazonais de impacto social, entre elas o Bloco do Respeito, o Agosto Lilás e os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.
Por meio do programa Semulher Itinerante, com o suporte do Ônibus Lilás, a secretaria alcançou 18 municípios e 153 comunidades, incluindo a zona rural e territórios indígenas. As ações resultaram em 13.976 abordagens educativas, 969 atendimentos individuais a mulheres e 28 atendimentos a homens.

A campanha Feminicídio Zero promoveu a divulgação da Lei Maria da Penha em 14 municípios e 247 locais, como escolas, igrejas e associações. Ao todo, 9.457 pessoas foram alcançadas, sendo 6.981 mulheres e 2.476 homens.

No ambiente de trabalho, o programa Não se Cale conscientizou 2.353 servidores públicos em 128 órgãos estaduais na prevenção e enfrentamento ao assédio moral e sexual. Já o programa Zona Segura certificou 204 empreendimentos de lazer e entretenimento, com a capacitação de 813 funcionários da iniciativa privada para identificar situações de risco e orientar mulheres em vulnerabilidade.

Instituído pelo Decreto nº 11.712/2025, o programa Impacta Mulher teve como foco a promoção da independência financeira feminina. Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e por meio do oferecimento de cursos livres, foram registradas 1.626 inscrições e qualificadas 1.401 mulheres.

“Hoje em dia, tem muitas mulheres que estão ‘presas’, que dependem de um provedor para fazer tudo por elas. Então, com os cursos, temos a oportunidade de estar no mercado de trabalho e acreditar em nós, mulheres. É muito triste as mulheres que acreditam que têm que ser submissas aos homens. Tenho colegas que nem sabiam que existia esse tipo de violência [moral, emocional etc.], que não é só bater. Eu agradeço muito à Secretaria da Mulher e peço que venham com mais cursos aqui pro meu município”, disse uma das alunas dos cursos profissionalizantes de Plácido de Castro, Leiliana Simão.
As ações educativas em escolas, por meio do programa Papo Reto, alcançaram 2.787 estudantes, com foco na prevenção da violência contra meninas negras e no combate ao racismo e ao machismo no ambiente escolar. O programa Papo de Homem promoveu o diálogo sobre masculinidades e redução da violência de gênero, alcançando mais de 700 homens em diversos municípios.

No eixo de promoção da cidadania e dos direitos da população trans, a Semulher publicou, em 2025, a 2ª edição da cartilha Sou a Travesti, Existo, material educativo voltado ao combate à transfobia e à garantia de direitos, utilizado em ações formativas, atendimentos e atividades de conscientização em todo o estado.

Ainda nesse contexto, a secretaria realizou uma ação de retificação de nome e gênero de pessoas trans, em parceria com outros órgãos da rede de proteção e garantia de direitos, facilitando o acesso à documentação civil e promovendo dignidade, inclusão social e o reconhecimento da identidade de gênero.
Na área de acolhimento especializado, a Semulher registrou o atendimento de 825 mulheres em situação de violência ou vulnerabilidade, por meio de unidades físicas e canais digitais.

“Gostei muito desse atendimento, estava muito angustiada; agora consegui conversar com a psicóloga e estou bem. Eu quero agradecer à Semulher e ao governo do Estado, por trazer essa oportunidade para nós, da comunidade, foi muito significativa para mim”, disse Gerleane dos Santos, uma das mulheres atendidas pela pasta em Feijó.

“Encerramos 2025 com a certeza de que a política para mulheres no Acre avançou não só para o interior e para dentro das comunidades, mas na mentalidade das pessoas. Estamos felizes com os resultados positivos e sabendo que há ainda muito a se fazer pelas meninas e mulheres do Acre. A Semulher continua de mãos estendidas e se coloca ao lado de todas no enfrentamento à violência”, destacou a secretária de Estado da Mulher, Márdhia El-Shawwa.
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