
Quatorze reeducandos do presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, concluíram um curso técnico em mecânica de refrigeração e climatização residencial. A iniciativa é resultado de parceria entre o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEE), o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) e o Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec).
O curso integra a modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) ofertada dentro da unidade prisional e tem como objetivo ampliar as possibilidades de inserção no mercado de trabalho após o cumprimento da pena.

Segundo a coordenadora do setor técnico do Iapen no presídio Manoel Neri, Vanila Pinheiro, a conclusão representa uma nova oportunidade. “A gente acredita no poder da ressocialização por meio da educação. Esse curso oferece uma chance concreta de trabalho quando eles saírem do sistema prisional”, afirmou.
Um dos reeducandos formados, de 35 anos, destacou a importância da qualificação. “Esse curso nos dá uma porta aberta de emprego. A ideia é sair daqui profissionalizado e não voltar mais para o sistema”, disse. Ele contou que já tinha experiência em outras áreas, mas vê na refrigeração mais possibilidades de renda.

O curso teve duração de seis meses e foi ministrado pelo técnico em refrigeração Antônio Ernilton de Souza, que também atua como professor. “Todos concluíram o curso e estão aptos a trabalhar. Houve comprometimento e respeito durante todo o processo”, relatou.

A gestora da Escola Plácido de Castro, Eliete Costa, responsável pelas turmas de EJA no presídio, explicou que esta é a primeira certificação de um curso profissionalizante integrado à EJA na unidade. “São alunos privados de liberdade, mas que sairão daqui com uma profissão para exercer lá fora”, afirmou.
Para o coordenador pedagógico do Centro de Educação Profissional e Tecnológica do Juruá (Ceflora), Paulo Silva, a formação amplia as chances de reinserção social. “O objetivo é oferecer qualificação profissional e aumentar as possibilidades de ingresso no mercado de trabalho”, disse.

O coordenador da EJA em Cruzeiro do Sul, José Adriano, ressaltou o papel da Secretaria de Estado de Educação na ação. “Mesmo privados de liberdade, esses educandos têm direito à educação. A SEE cumpre esse papel ao garantir formação e oportunidade para um novo rumo de vida”, destacou.
A iniciativa integra as ações do Estado voltadas à educação e à qualificação profissional como instrumentos de reinserção social no sistema prisional acreano.
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