
A Comissão Processante que investiga denúncias contra o vereador Ivan da Farmácia (PL) realizou uma oitiva com o vereador Renato Leitão (PP). O parlamentar adotou uma postura contrastante com o vereador investigado na sessão anterior, optando por responder às perguntas da comissão e detalhar os motivos de sua conduta.
Durante seu depoimento, o vereador Renato Leitão afirmou não ter conhecimento sobre quem teria formalizado a denúncia que deu origem ao processo. Sua posição de responder aos questionamentos difere da adotada por Ivan da Farmácia, que exerceu seu direito constitucional ao silêncio durante toda a sua oitiva.
Um dos momentos centrais da sessão ocorreu quando a presidente da comissão, vereadora Juliana Cibelly (PL), questionou Renato Leitão sobre o motivo de não ter apresentado a denúncia à Câmara Municipal na época do ocorrido, já que ele era o motorista do veículo público na ocasião em que ele teria sido supostamente utilizado para transporte de material particular.
Em resposta, o vereador Renato Leitão alegou que "muita coisa não foi dita" e "muita coisa não foi denunciada na Câmara" devido ao "medo de repressão política". De acordo com o vereador, a pessoa denunciada (Ivan da Farmácia) "não aceita e reage", e que o receio era unicamente de "repressão política e nada mais do que isso".
O depoimento de Renato Leitão, portanto, trouxe à tona a questão do clima político interno na Casa Legislativa, que, segundo ele, inibiria a formalização de denúncias.
O vereador Renato Leitão também reforçou que possui conhecimento de todas as leis e do Regimento Interno da Câmara Municipal.
A Comissão Processante continua a fase de instrução com as oitivas e a coleta de provas, e tem prazo de 90 dias para apresentar seu relatório e parecer final.