
O governo do Acre deu mais um passo na expansão da educação em tempo integral. Nesta terça-feira, 9, o titular da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), Aberson Carvalho, anunciou a integralização de 25 novas escolas a partir de 2026. A novidade foi apresentada durante uma reunião híbrida com gestores escolares de Rio Branco e do interior, transmitida também de forma online para garantir a participação de todas as regionais.

Segundo o secretário, a seleção das unidades foi feita de forma estratégica, considerando a capacidade estrutural e pedagógica de cada escola. “Essas escolas foram selecionadas de acordo com o potencial que cada uma apresenta. Sabemos que a escola integral é sinônimo de qualidade, porque os números comprovam. Hoje, os nossos maiores Idebs, exceto das escolas militares, são das unidades em tempo integral. Eu sou defensor desse modelo, porque ele incorpora não só a base curricular, mas também o protagonismo da criança, do jovem e do adolescente”, afirmou.
Durante o anúncio, Aberson Carvalho destacou um marco histórico para o Acre: “Pela primeira vez na história, o Acre vai ganhar escolas integrais no campo. Isso simboliza um avanço muito importante, porque o aluno que mora na zona rural, nas águas e nas florestas, tem o mesmo direito de aprendizagem que o aluno da cidade. Essa expansão para o campo representa equidade e compromisso com todos os territórios do nosso estado.”

Atualmente, o Acre possui 36 escolas integrais. Com a expansão, a rede passará a ofertar aproximadamente 6 mil novas vagas em jornada ampliada. No tempo integral, o estudante passa de uma rotina de 4 horas diárias para 7 horas, totalizando 35 horas semanais, em uma programação articulada entre currículo regular, oficinas, reforço pedagógico e atividades diversificadas.
“Quando o aluno fica mais tempo na escola, ele tem acesso a mais propostas e aprende melhor. O Ideb nos mostra isso. Nosso propósito é iniciar 2026 já com essas 25 novas unidades funcionando em tempo integral, desde anos iniciais até o ensino médio”, reforçou o secretário.

A diretora de Ensino da SEE, Gleice Souza, lembrou que a integralização exige amplo planejamento. “Envolve infraestrutura, recursos humanos e organização pedagógica. Vamos realizar tudo gradualmente, garantindo segurança e boas condições para toda a comunidade escolar.”
Para Adriana Lima, gestora da Escola Samuel Barreira, a mudança representa avanço. “A minha expectativa é muito boa. Sabemos que é um desafio, mas estamos motivados. A escola integral traz segurança, aprendizagem e oportunidade para nossas crianças. É melhor que estejam na escola aprendendo do que expostas a riscos na rua”, afirmou.
Entre as unidades do campo que passam a operar em tempo integral está a Escola Família Agrícola Jean Pierre Mingan, em Acrelândia, criada em 2010 e localizada no Km 5 do Ramal do Progresso. A instituição atende estudantes que cursam o ensino médio integrado ao curso técnico em agropecuária.

A escola tem caráter regional, recebendo alunos de diferentes localidades, como Plácido de Castro, Rio Branco, Porto Acre e até mesmo de Lábrea, no sul do Amazonas. O modelo pedagógico, centrado na formação técnica e no vínculo com o território, tem servido de referência para a expansão da educação no campo.
Nesse sentido, a SEE também planeja implantar uma escola técnica na Reserva Extrativista Chico Mendes , seguindo o mesmo modelo de formação adotado pela Jean Pierre Mingan, mas com foco na floresta.

No local, já existe a Escola Rural de Ensino Fundamental e Médio União, que oferece educação às crianças e jovens da região. A finalidade é expandir essa estrutura para agregar o ensino técnico aos jovens da área, evitando que precisem deixar a comunidade para buscar oportunidades em outros lugares.
Rio Branco (15 escolas)
Cruzeiro do Sul (9 escolas)
Acrelândia (1 escola)
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