
Gestores do governo do Acre participaram, nesta quarta e quinta, dias 3 e 4, da Oficina de Indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Salvaguardas de REDD+ (SISREDD+) promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), no âmbito da Comissão Nacional para o mecanismo de REDD+ (CONAREDD+) sob a implementação do Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD), e assessoria técnica do Earth Innovation Institute (EII).
Representaram o governo do Acre, a presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), Jaksilande Araújo, e a secretária dos Povos Indígenas (Sepi), Francisca Arara. Também participaram, a chefe de Monitoramento das Salvaguardas do Sisa, Andreia Reis, e a assessora técnica Vitória Beatriz Vieira, ambas do IMC, além da consultora do EII, Elsa Mendoza.

A oficina marca um passo decisivo no processo de atualização dos indicadores do SISREDD+. As contribuições qualificadas dos estados — especialmente de pioneiros como o Acre — ajudarão a consolidar um conjunto de indicadores mais claro, mensurável e aplicável, fortalecendo o monitoramento das salvaguardas e a transparência das ações de REDD+ no Brasil.
Para o Acre, que foi pioneiro na construção de sistemas de salvaguardas do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa) e na estruturação de políticas de REDD+ em nível subnacional, a participação na oficina representa continuidade de um histórico de colaboração técnica e política com o governo federal.

O IMC, responsável pela coordenação técnica do Sisa e pela agenda de salvaguardas socioambientais no estado, contribuiu com análises técnicas e alinhamento metodológico, especialmente nas etapas de avaliação e validação dos indicadores.
“Essa oficina fortalece a integração entre estados e governo federal. Atualizar e aprimorar indicadores é fundamental para garantir transparência, rastreabilidade e efetividade nas ações de REDD+. O Acre tem experiência acumulada e está pronto para somar na consolidação do sistema nacional”, reforçou Jaksilande Araújo, presidente do IMC.

A titular da Sepi, Francisca Arara, reforçou a importância de garantir que os indicadores reflitam a realidade dos territórios tradicionais e indígenas e assegurem participação efetiva no monitoramento das salvaguardas.
“Para nós, povos indígenas, os indicadores precisam enxergar a vida como ela acontece na floresta. Participar dessa construção é garantir que nossas vozes e saberes estejam dentro do sistema, respeitando nossas formas de organização e nossos desafios. O Acre tem um compromisso histórico com a participação indígena e reafirmamos isso aqui”.

Os indicadores são instrumentos importantes para o fortalecimento da transparência; organização das informações complexas; acompanhamento das mudanças ao longo do tempo e integração de diferentes instituições na construção de soluções compartilhadas. Além disso, eles funcionam como medidas numéricas ou descritivas que ajudam a mostrar se as metas estão sendo atingidas, onde estão os avanços, quais desafios persistem e quais prioridades devem orientar a tomada de decisão.
O resultado final do processo subsidiará a próxima etapa de revisão da matriz nacional de indicadores e a elaboração dos novos ciclos de relatório de salvaguardas, ampliando a qualidade e a confiança das informações compartilhadas com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e com a sociedade.
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