
A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), por meio da sua Mesa Diretora e sob a condução do presidente Nicolau Júnior (PP), iniciou ações de conscientização referentes ao Dezembro Vermelho, campanha nacional voltada ao combate ao HIV, à Aids e às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A iniciativa reforça a importância do diagnóstico precoce, da prevenção e do enfrentamento ao preconceito contra pessoas que vivem com o vírus.
Segundo Nicolau Júnior, o Parlamento acreano tem responsabilidade social e deve contribuir para disseminar informação de qualidade. “Nossa mensagem é clara: informação salva vidas. Precisamos estimular a prevenção, garantir acesso ao tratamento e combater qualquer forma de discriminação. Pessoas vivendo com HIV merecem dignidade, acolhimento e respeito”, afirmou o presidente da Aleac.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 46.495 novos casos de HIV em 2023. A mesma fonte aponta que o país alcançou uma das metas da Organização das Nações Unidas, com 96% das pessoas vivendo com HIV já diagnosticadas. A mortalidade caiu para 3,9 óbitos por 100 mil habitantes, o menor índice desde 2013.
No Acre, conforme dados apresentados pelo Departamento de Vigilância em Saúde, existe uma tendência de queda nas notificações de HIV em 2025. Após 317 casos registrados em 2023 e 353 em 2024, o estado contabilizou 283 novos casos este ano.
A prevenção ao HIV é considerada simples e altamente eficaz quando adotada de forma contínua. O uso de preservativos nas relações sexuais segue sendo a principal medida de proteção, recomendada pelo Ministério da Saúde e pelas diretrizes nacionais de ISTs.
Outra estratégia fundamental é a PrEP, Profilaxia Pré-Exposição, destinada a pessoas que têm maior risco de contato com o vírus. A medida está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde. Já para situações inesperadas, como relação sexual sem proteção, rompimento de preservativo, violência sexual ou qualquer caso em que possa ter havido exposição ao vírus, existe a PEP, profilaxia pós-exposição. O tratamento precisa ser iniciado em até 72 horas e oferecido imediatamente nas unidades de saúde.
A testagem rápida, também gratuita, permite diagnóstico precoce, o que aumenta a eficácia do tratamento antirretroviral. Quando a pessoa inicia o tratamento logo após o diagnóstico, alcança carga viral indetectável e não transmite o vírus, conforme orientação do Ministério da Saúde e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS).
A campanha da Aleac também chama atenção para a importância de combater o estigma e a discriminação. O preconceito ainda afasta pessoas dos serviços de saúde e dificulta a adesão ao tratamento. Para Nicolau Júnior, o respeito e a humanização são tão importantes quanto as medidas sanitárias. “Falar de HIV é falar de direitos humanos. Não podemos permitir que o medo ou a desinformação afastem alguém da prevenção ou do cuidado. A Assembleia Legislativa está comprometida com esse diálogo”, disse.
Texto: Andressa Oliveira
Arte: João Henrique